A cordilheira mais extensa do mundo não está no horizonte de nenhum país. Nem continente. A cordilheira meso-oceânica, a mais extensa do mundo, jaz no fundo do mar, ao longo de 65 mil quilômetros. Para você ter uma ideia, São Paulo (SP) e Tóquio, capital do Japão, ficam a 18,5 mil quilômetros de distância uma da outra.
Para quem tem pressa:
- A cordilheira meso-oceânica, a mais extensa cadeia montanhosa do mundo, está situada no fundo do mar, estendendo-se por 65 mil quilômetros;
- Apesar da imponência dos Andes, que percorre vários países da América do Sul ao longo de 7,6 mil quilômetros, a cordilheira meso-oceânica tem mais de oito vezes a extensão dos Andes (a mais longa cordilheira continental);
- A cordilheira meso-oceânica é resultado da dinâmica das placas tectônicas, na qual o magma ascende nas fronteiras onde as placas se afastam, solidificando-se para formar novas porções de crosta oceânica;
- A interconexão das cristas submarinas ao longo das fronteiras das placas tectônicas forma uma cadeia contínua de montanhas subaquáticas que circunda o globo, num padrão que lembra costuras de uma bola de beisebol.
A dimensão titânica da cordilheira meso-oceânica faz a dos Andes, a continental mais longa do mundo, parecer um filhote. A cordilheira dos Andes se estende por 7,6 mil quilômetros, ao longo do Peru, Chile, Colômbia, Argentina, Venezuela, Equador e Bolívia. É enorme – suficiente para contornar o lado ocidental da América do Sul – mas não chega a 12% da extensão da meso-oceânica.
Cordilheira que ‘costura’ a Terra
Essa cadeia de montanhas contorna as placas tectônicas da Terra num padrão que lembra as costuras de uma bola de beisebol. Esta vasta formação geológica deve sua existência à dinâmica das placas tectônicas.
Localizada nas fronteiras onde as placas se distanciam umas das outras, a cordilheira meso-oceânica é formada pelo magma que ascende para preencher o espaço criado. Ao subir, ele se solidifica, formando novas porções de crosta oceânica.
As cristas submarinas, que compõem a cordilheira, têm picos que, em média, situam-se a cerca de 2,5 quilômetros abaixo da superfície do oceano. A Dorsal Meso-Atlântica é uma das partes mais notáveis desta cordilheira – ela vai desde o Ártico até o Antártico, pelo meio do Oceano Atlântico.
A interconexão entre as diversas cristas submarinas, resultante do movimento das placas tectônicas, cria uma cadeia ininterrupta de montanhas subaquáticas. Esta rede contínua de cordilheiras submarinas, que abrange todo o globo, constitui a cordilheira meso-oceânica. Daí sua extensão colossal.