quinta-feira, julho 4, 2024
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Continente perdido: como cientistas encontraram a Argolândia

Geólogos da Universidade de Utrecht, nos Países Baixos, afirmam ter descoberto a história de um continente perdido: a Argolândia. A região, um pedaço de continente com 5.000 km de comprimento, teria se separado do oeste da Austrália e se afastado há cerca de 155 milhões de anos.

Esse continente pode ser visto pelo “vazio” que deixou para trás: uma bacia escondida nas profundezas do oceano conhecida como Planície Abissal de Argo.

A estrutura do fundo do mar mostra que o continente deve ter se afastado para noroeste e deve ter terminado onde hoje estão localizadas as ilhas do Sudeste Asiático. A Argolândia está em fragmentos, mas ainda está na região.

Como os cientistas localizaram o continente?

Os cientistas Van Hinsbergen e o seu colega Eldert Advokaat estavam curiosos sobre o que a geologia do Sudeste Asiático poderia dizer sobre o destino da Argolândia.

“Estávamos literalmente lidando com ilhas de informação, e é por isso que nossa pesquisa demorou tanto. Passamos sete anos montando o quebra-cabeça”, diz Advokaat em um comunicado.

O cientista explica que a situação no Sudeste Asiático é muito diferente de lugares como África e América do Sul, onde um continente se dividiu nitidamente em dois pedaços, porque a Argolândia teria se dividido em muitos fragmentos diferentes.

Confira o vídeo do processo

“Isso obstruiu a nossa visão da jornada do continente”, explica. Esse foi o desafio até os cientistas perceberem que os fragmentos chegaram às suas localizações atuais por volta da mesma época, o que esclareceu como eles antes se conectavam.

Os fragmentos formaram uma colagem: Argolândia está escondida sob as selvas verdes de grandes partes da Indonésia e de Mianmar.

Nunca houve um único continente claramente delineado e coerente de Argolândia, mas sim um “Argopélago” de fragmentos microcontinentais separados por bacias oceânicas mais antigas.

“A fragmentação da Argolândia começou há cerca de 300 milhões de anos”, conclui Van Hinsbergen.

Veja também: Cientistas descobrem grande concentração de gás que pode salvar o planeta

*Publicado por Iasmin Paiva

Via CNN

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