domingo, outubro 6, 2024
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“Considerei o voto do Jaques um erro“, diz presidente do PT

A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), avaliou como um “erro” o voto do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que proíbe decisões individuais do Supremo Tribunal Federal (STF).

A parlamentar disse que o erro agora terá que ser revertido na câmara dos deputados. “Eu considerei o voto do Jaques um erro, e vamos tentar agora na Câmara fazer as articulações pra não deixar essa PEC prosperar’”, disse.

Segundo Gleisi, o PT é contra o texto. “Quando a matéria estava ainda na comissão, nós já tínhamos declarado que éramos contrários a esta matéria, a votação e discussão dessa matéria, que ela não era oportuna. Não era o momento de se debater isso, até pelo papel que o Supremo Tribunal Federal teve e estava tendo no combate às ações golpistas, no enfrentamento aos atos antidemocráticos, pelo papel que teve na pandemia, que aliás foram decisões monocráticas do Supremo, que garantiram que municípios e estados pudessem atuar na pandemia’’, afirmou.

Na ofensiva do Senado contra o Supremo, o governo tem se mantido neutro. Para isso, liberou o voto dos senadores na analise de ontem (22). A PEC, que precisava de 49 votos, foi aprovada com 52.

Ministros do Supremo veem “traição” do governo em aprovação de PEC e dizem que “lua de mel acabou”

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) viram o voto do líder do governo no Senado como uma “traição” do governo Lula na aprovação da PEC e dizem, nos bastidores, que “acabou a lua de mel” com o Palácio do Planalto.

À CNN, um magistrado afirmou, em caráter reservado, que o Sen. Jaques Wagner (PT-BA), desempenhou um “papel lamentável” na sessão de quarta-feira (22).

A avaliação de integrantes do Supremo é que, embora tenha dito que o governo não emitiria posição sobre a proposta, Wagner deu sinal verde à base governista ao declarar voto favorável ao texto.

O resultado da sessão mostrou que senadores alinhados ao Planalto foram fundamentais para que a PEC tivesse 52 votos — três a mais do que o mínimo necessário.

De acordo com relatos feitos à CNN, a posição favorável de Wagner à PEC provocou a ira dentro do Supremo. Ministros chegaram a ligar para o time palaciano e para senadores que estavam no plenário em busca de explicações.

A avaliação no Supremo é que, agora, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pode deixar a proposta na gaveta.

Via CNN

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