O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) indicou, neste sábado (13), em entrevista à CNN, que um possível consenso do Partido dos Trabalhadores para Marta Suplicy (sem partido) ser vice do pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) deva ser feito após um debate sobre prévias.
Haverá uma reunião da executiva do Diretório Municipal da sigla na próxima terça-feira (16) para discutir a questão.
“Se houver este consenso, mas avalio que deve ser realizado depois do debate que eu estou propondo, no sentido que haja debates entre a Marta e uma ou mais possíveis candidatas”, afirmou Suplicy à CNN após se reunir com Boulos em sua casa.
“E, se consolidar a ideia de uma outra possível candidata, acho que será muito saudável para o PT, para a própria Marta Suplicy, que ela então possa passar por este debate e prévias entre todos os filiados. Isso será muito saudável e é por isso que eu faço essa sugestão”, prosseguiu.
Suplicy lançou hoje o nome da vereadora da capital Luna Zarattini para disputar uma possível prévia da legenda. Ele, por sua vez, afirmou que não fará parte da disputa.
A vereadora disse que recebe a indicação “com muita honra e orgulho”, mas com surpresa. De acordo com a parlamentar, a decisão sobre o vice na chapa cabe ao Diretório de São Paulo do PT. Ela se coloca como pré-candidata à reeleição para a Câmara Municipal.
O deputado federal Rui Falcão (PT-SP), por sua vez, após participar do primeiro encontro entre Boulos e Marta, disse que o PT não terá prévias.
O parlamentar está conduzindo conversas para que Marta esteja na chapa de Boulos. Na terça-feira (9), ele esteve junto da ex-prefeita numa reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Nós vamos fazer prévia entre quem? Não tem candidato, não tem candidata. O próprio histórico do PT, eu estou no PT a mais de 40 anos, que eu me recorde, nunca houve prévia de vice. Já houve prévia para candidato a vereador, a prefeito, mas vice nunca existiu”, expressou Falcão.
Por sua vez, Suplicy disse que irá ponderar a questão na reunião do diretório, mas que irá respeitar se não houver acordo.
“É legitima a opinião do Rui Falcão, mas a minha também é legitima”, finalizou o deputado estadual.
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