Em reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), os Estados Unidos vetaram, nesta sexta-feira, 8, uma resolução dos Emirados Árabes Unidos, que pedia um cessar-fogo imediato na guerra entre Israel e Hamas, na Faixa de Gaza.
Os norte-americanos são um dos cinco membros permanentes do grupo e tem o poder de veto.
Ao todo, 13 membros do colegiado, incluindo o Brasil, votaram a favor da resolução. O Reino Unido se absteve.
A proposta, co-patrocinada por 97 países, pedia cessar-fogo imediato sem nenhuma necessidade de contrapartida dos terroristas do Hamas.
“Embora os Estados Unidos apoiem os apelos a uma paz duradoura, não apoiamos os apelos a um cessar-fogo imediato”, disse Robert Wood, vice-embaixador dos Estados Unidos na ONU antes da votação.
O diplomata norte-americano disse depois da votação que o cessar-fogo proposto seria “irrealista e perigoso”, possibilitando ao Hamas se reorganizar e praticar mais atos de violência.
Artigo 99 convoca Conselho de Segurança
Na quarta-feira 6, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, invocou pela primeira vez o artigo 99 da Carta das Nações Unidas para provocar a reunião extraordinária do Conselho desta sexta-feira, 8.
O objetivo era buscar um acordo para o conflito na Faixa de Gaza. O artigo 99 é uma das ferramentas diplomáticas de maior poder simbólico à disposição do secretário-geral e não era invocado há décadas.
O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, criticou invocação do Artigo 99, dizendo que apesar das guerras na Ucrânia, no Iêmen e na Síria nos últimos anos, nenhum conflito provocou a mesma resposta por parte do secretário-geral.
Erdan também declarou ao Conselho de Segurança que pedir um cessar-fogo na Faixa de Gaza apenas prolongaria a guerra, e que a única opção para a paz é eliminar o Hamas.
+ Leia as últimas notícias do Mundo no site da Revista Oeste