Depois de 39 dias de guerra entre Israel e Hamas e quatro votações fracassadas, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta quarta-feira, 15, uma resolução sobre o conflito no Oriente Médio sobre os conflitos.
O documento proposto por Malta pede pausas e corredores humanitários “urgentes e prolongados” e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns.
O texto teve 12 votos a favor, incluindo o do Brasil, nenhum contra e 3 abstenções (Estados Unidos, Rússia e Reino Unido). Antes da votação, os russos propuseram uma emenda pedindo o fim das hostilidades, mas a emenda foi rejeitada.
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Sem condenação do Hamas
A resolução aprovada é uma versão diluída das propostas anteriores debatidas pelo Conselho, uma de autoria do Brasil, duas da Rússia e uma dos Estados Unidos. O texto pede as pausas humanitárias, ao invés de exigir.
Porém, a proposta isenta o Hamas pelos ataques terroristas e não faz pressão direta para que Israel siga o direito internacional em suas operações na Faixa de Gaza.
Os Estados Unidos justificaram sua abstenção devido à ausência de uma condenação aos atos terroristas do Hamas, mas elogiaram o pedido para a libertação de reféns e de pausas humanitárias.
As votações das quatro propostas anteriores foram marcadas pelas divergências entre norte-americanos de um lado, russos e chineses do outro.
O Brasil e outros nove integrantes não permanentes farão parte do Conselho de Segurança até o dia 31 de dezembro. A China assumiu neste mês a presidência do grupo.