domingo, setembro 29, 2024
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Conselho de Ética retoma análise de processo que pode cassar Glauber Braga

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados retomará, na quarta-feira 12, a análise da continuidade do processo do partido Novo que pode cassar o mandato do deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ). Em 28 de agosto, o deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ) pediu vista, ou seja, mais tempo para análise do caso.

O relator da ação, deputado federal Paulo Magalhães (PSD-BA), votou pela continuidade do processo. Caso a maioria do conselho siga o relator, vai ser iniciada a coleta de provas e oitivas para continuar a investigação do caso.

Somente depois disso, Magalhães poderá divulgar um parecer com eventual penalidade contra o psolista, se entender que as ações dele feriram o decoro parlamentar. As penalidades vão desde a censura verbal no plenário até a cassação do mandato.

O episódio que motivou a ação do Novo ocorreu em 16 de abril deste ano, quando Glauber agrediu Gabriel Costenaro, que é integrante do Movimento Brasil Livre (MBL). O psolista agrediu Costenaro com chutes. Depois, ele tentou agredir o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP).

Na ocasião, o grupo do MBL estava na Casa para conversar com deputados contra a regulamentação do Uber. Não há imagens que mostrem o início da discussão. Depois do ocorrido, Glauber divulgou uma nota em que afirma que “não se arrependia do que tinha feito” e que foi provocado pelo integrante do MBL.

“É a quinta vez que esse sujeito me provoca”, disse Glauber na ocasião. “Na quarta, no Rio de Janeiro, ele ameaçou a mãe de um militante do Psol, de mais de 70 anos, falando que sabia onde ela morava. Eles tentam no intimidar, tentam através do medo fazer com que a gente recue, mas nós não vamos recuar para militante fascista. Não me arrependo de nada do que fiz.”

Na última sessão do colegiado, ao ouvir o voto do relator, Glauber Braga acusou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de articular a cassação de seu mandato e xingou Lira de “bandido”.

“Este relatório devia ser assinado por Arthur Lira”, acusou Glauber. “Lamento, Paulo, que você se preste a este papel, a esta articulação combinada entre vocês. Há muito tempo Lira trabalha para me tirar da Câmara. Você chegou a me dizer em um corredor que acreditava em mim, Paulo. Mas, você é um mentiroso.”



Via Revista Oeste

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