segunda-feira, novembro 25, 2024
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Conselho de Ética ouve ex-chefe de Polícia Civil do Rio que está preso

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados ouve, nesta segunda-feira, 15, o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ele foi elencado como testemunha do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), alvo do processo de cassação pela acusação de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e de seu motorista, Anderson Gomes, em 2018.

Rivaldo vai depôr de forma virtual. Irmão do deputado, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão também consta na lista da oitiva, mas ainda não confirmou presença.

Os três são réus no Supremo Tribunal Federal (STF) pela suspeita de serem os mentores intelectuais do assassinato da vereadora. Na sexta-feira 12, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou Domingos e Rivaldo a prestarem depoimento. Ambos estão presos preventivamente desde março, de igual modo Chiquinho.

Ainda estão previstos os depoimentos do vereador Willian Coelho (DC-RJ), do ex-deputado Paulo Ramos (PDT-RJ) e do ex-vereador Tio Carlos (Solidariedade-RJ). O delegado da Polícia Civil Daniel Rosa, um dos que comandaram a investigação sobre o assassinato de Marielle, também foi convidado, mas não confirmou presença.

Se os depoimentos não terminarem hoje, continuarão na terça-feira 16, quando Chiquinho Brazão também deve ser ouvido pelo colegiado. A defesa do parlamentar apresentou outras testemunhas que não foram prestar esclarecimentos, como: o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e o ex-policial militar Élcio de Queiroz, que confessou ter participado do crime.

A prisão dos irmãos Brazão no caso Marielle

Além do deputado, foram presos seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro Domingos Brazão; e o ex-chefe de Polícia Civil do Estado, delegado Rivaldo Barbosa. Os três negam participação no assassinato.

Conforme a Polícia Federal, a função do delegado era garantir “imunidade” aos envolvidos para que o inquérito não chegasse aos responsáveis pelo crime. Em delação premiada, o ex-policial militar Ronnie Lessa disse que, no segundo trimestre de 2017, Chiquinho, que era vereador do Rio, demonstrou “descontrolada reação” à atuação de Marielle para a votação de um projeto de lei (PL).

A proposta deveria regularizar todo um condomínio na região de Jacarepaguá, na zona oeste da cidade, sem respeitar o critério de área de interesse social. Assim, eles iriam obter o título de propriedade para especulação imobiliária. Lessa está preso desde 2019, acusado de ser o autor dos disparos contra Marielle e seu motorista.

Via Revista Oeste

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