O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados decidiu, nesta quarta-feira, 12, arquivar o processo de cassação contra o deputado Glauber Braga (Psol-RS). Ele era alvo de denúncia por quebra de decoro em razão de agressões físicas em sessões no Congresso Nacional.
Braga é acusado de agredir o deputado Abílio Brunini (PL-MT) no dia 8 de novembro de 2023, durante a sessão da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdades Racial, da Câmara. Na ocasião, os parlamentares discutiam sobre a Faixa de Gaza, e o político do Partido Liberal saiu publicamente em defesa de Israel.
No dia 16 de abril deste ano, o psolista também protagonizou outra cena de agressão. O psolista expulsou da Câmara — aos chutes, empurrões e xingamentos — um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL). Na mesma data, ele também discutiu com o também deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP).
Glauber tentou me agredir.
NÃO ME INTIMIDAREI!!!Baixe em https://t.co/SBBWqla1Pk pic.twitter.com/eg1eCJ5CrB
— Kim Kataguiri (@KimKataguiri) April 16, 2024
Diante dos dois episódios de agressão, o Partido Novo pediu a cassação de Braga pela discussão contra Brunini. A solicitação por parte da legenda foi respondida pelo Conselho de Ética da Câmara com a abertura de um processo.
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Glauber Braga teve apoio de relator de denúncia
O relator do caso, deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), saiu em defesa de Glauber Braga. Ele concluiu que não havia “justa causa” para prosseguir com o processo de cassação contra o parlamentar do Psol. Em seu parecer, recomendou que arquivassem a ação. No total, nove integrantes do Conselho de Ética votaram a favor do relatório — e quatro contra.
A decisão ocorre uma semana depois do também arquivamento do caso de André Janones (Avante-MG). O integrante da base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva era alvo de denúncia por cobrar de seus assessores uma devolução do salário para pagar despesas pessoais — prática conhecida como “rachadinha”.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado