quinta-feira, setembro 19, 2024
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Conselheiro da Abrint explica à CNN o motivo de algumas pessoas conseguirem acessar o X

Uma atualização no aplicativo do X (antigo Twitter) permitiu que alguns usuários brasileiros voltassem a acessar a plataforma, mesmo após o bloqueio judicial imposto recentemente.

A informação foi confirmada por Basílio Rodriguez Perez, conselheiro da Associação Brasileira dos Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), em entrevista ao CNN 360°.

Segundo Perez, a atualização ocorreu durante a noite e fez com que o aplicativo passasse a acessar um serviço conhecido como “proxy reverse”, utilizando CDNs (Content Delivery Networks) como o CloudFlare.

“O próprio aplicativo passou a acessar através de outras redes que não a própria rede do X”, explicou o especialista.

Atualizações automáticas e implicações técnicas

O conselheiro da Abrint ressaltou que as atualizações de aplicativos são comuns e geralmente automáticas, visando melhorias de segurança e funcionalidade.

No caso do X, a mudança parece ter sido intencional para encontrar uma forma alternativa de acesso.

Perez destacou que o bloqueio original solicitado pela justiça foi cumprido pelos provedores, mas a nova situação apresenta desafios técnicos.

“Agora eles não estão usando a rede do X, eles estão usando um serviço do CloudFlare que é um serviço de uma nuvem que está no mundo todo e que tem 24 milhões de domínios de sites dentro dessa rede”, explicou.

Complexidade do bloqueio e próximos passos

A situação atual torna o bloqueio mais complexo, pois ações mais amplas poderiam afetar outros serviços essenciais da internet.

“Se a gente bloquear o CloudFlare até a CNN sai do ar”, exemplificou Perez, ressaltando a necessidade de aguardar novas orientações da Anatel ou da justiça.

O conselheiro também explicou por que alguns usuários conseguem acessar o X enquanto outros não.

A diferença está relacionada ao DNS (Sistema de Nomes de Domínio) utilizado. Usuários que acessam DNS públicos, como os do Google ou do próprio CloudFlare, conseguem contornar o bloqueio, enquanto aqueles que usam DNS de operadoras com restrições permanecem sem acesso.

A situação evidencia a complexidade técnica envolvida na implementação de decisões judiciais no âmbito digital, demandando soluções mais específicas e detalhadas para efetivamente restringir o acesso à plataforma sem afetar outros serviços essenciais da internet.

Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.

Via CNN

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