domingo, outubro 6, 2024
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Conquista da Lua abre caminho para voos mais longos no espaço

Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade”. A frase de Neil Armstrong ao pisar na Lua, em 20 de julho de 1969, resume muito bem o feito histórico dos EUA. Para além da corrida espacial da Guerra Fria, esse foi um grande avanço tecnológico.

A chegada do homem à Lua elevou o nível da ciência. O Projeto Apolo foi o pontapé inicial científico para o desenvolvimento dos ônibus espaciais, das missões de exploração de Marte e até da investigação dos confins do Universo, com os telescópios Hubble e James Webb.

Neil Armstrong e os primeiros passos na Lua. Créditos: NASA/Apollo 11

A humanidade pisou em solo lunar pela última vez em 1972 e, desde então, nunca mais repetimos a história. Algo que a Nasa quer mudar em breve, com as missões Artemis. 

Adiamento na volta da humanidade à Lua

Segundo a agência espacial norte-americana, serão duas idas ao nosso satélite natural previstas para setembro de 2025 e setembro de 2026. Isso depois de um adiamento, já que o plano inicial era de que a Artemis 2 ocorresse em novembro deste ano e a Artemis 3 no segundo semestre do ano que vem.

A Nasa afirma que a mudança tem como motivo a segurança para as equipes trabalharem. Os testes feitos para manter a tripulação segura e garantir o sucesso da missão revelaram problemas que requerem mais tempo para serem resolvidos.

O novo cronograma também leva em conta o trabalho das empresas terceirizadas, principalmente SpaceX e Blue Origin, que desenvolvem os sistemas de pouso na Lua.

A Artemis 2 não pousará na Lua, apenas voará ao redor do nosso satélite natural. Os astronautas da missão você já conheceu aqui. Jeremy Hansen e Christina Koch, especialistas de missão, Victor Glober, piloto, e Reid Wiseman, que será o comandante.

Tripulação da missão Artemis 2, formada pelo canadense Jeremy Hansen (primeiro, da esq. para a direita), Victor Glover, Reid Wiseman e Christina Koch. Crédito: James Blair/NASA

Depois, a Artemis 3 é que levará o homem ao solo lunar novamente. A tripulação ainda não foi divulgada.

Os objetivos de longo prazo são ainda mais ambiciosos. No futuro, a Nasa espera explorar Marte. As missões lunares são grandes oportunidades para testar equipamentos, ferramentas e tecnologias úteis no planeta vermelho.

De olho em Marte!

Essa mais recente missão, a Odysseus, foi desenvolvida com grande expectativa. Em janeiro, a espaçonave Peregrine, feito pela Astrobotic Technology com financiamento da Nasa, não conseguiu pousar na Lua por um vazamento de combustível. Foi o primeiro módulo lunar a ser lançado pelos Estados Unidos em mais de 50 anos. A última vez que o país esteve por lá foi em 1972, com a missão Apolo 17.

Já a União Soviética, outra protagonista do século 20 na exploração espacial,  lançou o primeiro robô à Lua em 1966 e fez ou último pouso lunar com a missão Luna 24, em 1976.

Em agosto do ano passado, a primeira tentativa russa em décadas terminou em fracasso. A sonda russa Luna-25 acabou colidindo com a superfície.

China, Índia e Japão são os únicos países que pousaram veículos na Lua no século 21.

Lua será um “trampolim” para missões futuras a Marte. Crédito: Dima Zel – Shutterstock

Os chineses chegaram por lá com um robô em 2013; feito repetido pela Índia no ano passado. E agora, em janeiro de 2024, o Japão fez história e se tornou o quinto país a pousar em nosso satélite natural.

Sem um contexto de Guerra Fria por trás, temos agora uma nova corrida espacial, com mais protagonistas e com uma ambição ainda maior do que a Lua. Marte é logo ali!

Via Olhar Digital

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