quinta-feira, novembro 21, 2024
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Conheça o novo golpe do “Pix errado”

Um novo golpe envolvendo transferências via Pix já teria atingido milhares de brasileiros. E a conta pode chegar à casa do milhão. O alerta foi feito nesta semana pela Federação Brasileira de Bancos (a Febraban).

O mais cruel é que os criminosos estão usando um mecanismo criado justamente para facilitar devoluções no caso de fraudes.

Essa ferramenta recebeu o nome de MED, o Mecanismo Especial de Devolução. O MED existe desde 2021 e é uma espécie de trava de segurança. Ele serve para bloquear os recursos na conta recebedora após uma reclamação de fraude ou de envio de valores por engano.

Uma vez acionado, o banco avalia caso a caso e decide se devolve ou não o dinheiro – se o golpe for identificado.

Até aí tudo bem. É um mecanismo muito interessante, aliás. Agora, você deve estar se perguntando aí do outro lado: mas onde é que os criminosos encontraram uma brecha para dar o golpe?

A brecha está na boa-fé da vítima…

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O Pix caiu nas graças do brasileiro, mas vem sendo frequentemente usado em golpes – Imagem: Diego Thomazini/Shutterstock

Como funciona o “golpe do Pix errado”

  • Antes de explicar como funciona, destaco que muita gente cadastrou o próprio celular como chave Pix, inclusive você que está lendo esse texto agora.
  • Pois bem, o bandido descobre o número de telefone da vítima – isso acontece, principalmente, quando não lemos aquelas letrinhas pequenininhas dos sites ou aplicativos.
  • Tem gente ainda que coloca o celular no próprio perfil das redes sociais, sobretudo os pequenos empreendedores.
  • Com esse número em mãos, o bandido simula uma transferência via Pix – se o celular for realmente uma chave, ele tem acesso a algumas informações, como nome completo e a instituição financeira.
  • Ele, então, transfere um valor para a conta da vítima.
  • Na sequência, o criminoso liga para essa vítima, ou manda uma mensagem dizendo que enviou um Pix sem querer.
  • Aqui entra a lábia do bandido, que costuma contar alguma história trágica, convencendo a pessoa a devolver o dinheiro rapidamente.
  • E, poxa, convenhamos que o certo seria mesmo devolver um valor que não é seu.
  • Só que o bandido passa uma outra chave Pix, uma terceira (não aquela pela qual ele fez a primeira transferência).
  • E é aí que está o problema: a maioria das pessoas não se atenta a isso, ou acha que não vai dar nada.
  • Só que dá… Ao receber o valor, o criminoso aciona o mecanismo MED.
  • E o banco acha que é o bandido que teria sofrido o golpe – já que o dinheiro foi devolvido para uma outra chave Pix.
  • No fim, o criminoso fica com o valor da vítima e com o dinheiro devolvido pela instituição financeira.
  • De acordo com o Banco Central, o MED já foi acionado mais de 2,5 milhões de vezes entre janeiro e julho deste ano.
  • O motivo? Pedidos de devolução por fraude…
Hacker
Os criminosos estão cada vez mais criativos… – Imagem: Syda Productions/Shutterstock

Como se proteger desse golpe

Sim, eu estou escrevendo com raiva – imagino que você também esteja assim. Mas, calma, existe uma maneira simples de não cair nesse golpe.

Segundo a Febraban, se receber um valor desconhecido, o cliente deve entrar no seu próprio aplicativo bancário e buscar os “Extratos” dentro da aba do Pix.

Procure a transação indevida e clique na opção “Devolver”. Isso vai enviar a quantia de volta para a chave original, evitando a fraude.

A Febraban reforça que você não deve NUNCA fazer um estorno para uma terceira chave Pix. E recomenda ao cidadão que evite expor dados pessoais na internet.

As informações (e dicas) são da própria Federação de Bancos.

Via Olhar Digital

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