O aumento recente nas tensões no leste europeu teria provocado fortes reações da Rússia em meio à guerra com a Ucrânia. Segundo autoridades de Kiev, os russos lançaram um ataque com um míssil muito mais forte do que os utilizados até agora no campo de batalha.
O armamento em questão seria um míssil balístico intercontinental (ICBM). Esta é uma arma de longo alcance que é disparada no espaço e então libera uma ou mais ogivas que reentram na atmosfera para atingir os alvos.
Grande alcance e poder de destruição
Segundo especialistas, os ICBMs têm um alcance mínimo de 5.500 quilômetros. No entanto, algumas versões podem alcançar mais de 9 mil quilômetros, de acordo com o Centro de Controle de Armas e Não Proliferação.
Esses mísseis podem ser lançados de silos ou veículos de lançamento móveis. Além disso, podem ser movidos a combustível sólido ou líquido. Mísseis balísticos intercontinentais que usam combustível sólido são considerados mais perigosos, pois podem ser lançados mais rapidamente do que os movidos a combustível líquido.
Estes armamentos são projetados para carregar ogivas nucleares, embora o míssil que atingiu a Ucrânia fosse uma versão não nuclear. Segundo Kiev, ele foi lançado na região de Astrakhan, nas proximidades do Mar Cáspio, a cerca de 1.200 quilômetros de distância da cidade atingida.
O primeiro foguete ICBM foi lançado em 1957 pela então União Soviética. Já o primeiro lançamento dos Estados Unidos aconteceu em 1959.
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Ataque seria um lembrete da capacidade nuclear da Rússia
- O ataque teria ocorrido nesta quinta-feira (21) e teve como alvo a cidade de Dnipro, no leste da Ucrânia.
- Duas pessoas ficaram feridas, segundo as autoridades ucranianas.
- Esta foi a primeira vez que Moscou empregou a arma desde o início da invasão à Ucrânia, em fevereiro de 2022.
- A Rússia não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas já havia alertado que poderia atacar com mais força após os EUA liberarem o uso de mísseis norte-americanos pela Ucrânia contra o território russo.
- Analistas apontam que o uso do ICBM é um lembrete do regime de Vladimir Putin sobre a capacidade nuclear do país.