A autoria de um ataque de drones e mísseis contra o Estado de Israel deflagrado na terça-feira 31 foi assumida pelo grupo terrorista Houthis. A hostilidade do grupo terrorista sediado no Iêmen sinaliza a entrada dos radicais na guerra de Israel contra o Hamas. Isso porque o Houthis declarou apoio aos terroristas da Faixa de Gaza.
Quem são os terroristas do Houthis
Os Houthis são um grupo terrorista organizado como uma estrutura militar e política xiita que detém parte do poder no Iêmen, país islâmico localizado no sul da Península Arábica. Os radicais tomaram a capital Sanaa em 2014, o que gerou guerra no país. Atualmente, o governo do Iêmen reconhecido oficialmente — que conta com o apoio da Arábia Saudita — está baseado na cidade de Aden.
Alianças contra os Estados Unidos
O grupo terrorista estabeleceu alianças regionais alinhadas com a política do Irã, hostil aos Estados Unidos e a Israel. Os acordos de ajuda mútua do Houthis inclui parcerias com o grupo terrorista Hezbollah, do Líbano, e as milícias que têm o apoio do governo do Irã no Iraque.
Yahya Saree, porta-voz do grupo, afirmou a possibilidade de mais ataques contra Israel “a fim de ajudar os palestinos na vitória”. O líder terrorista responsabiliza Israel pela instabilidade da região.
“Morte à América! Morte a Israel! Malditos sejam os Judeus! Vitória ao Islã!”. Slogan dos Houthis.
Terceiro ataque do grupo contra Israel
O ataque perpetrado na terça-feira 31 teria sido o terceiro planejado e executado pelo Houthis contra Israel. O primeiro ataque aconteceu no dia 19 de outubro, quando a Marinha dos Estados Unidos conseguiu interceptar três mísseis de cruzeiro; e o outro, no dia 28 de outubro, que provocou explosões no Egito.
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O ataque
Na cidade de Eilat, na região do Mar Vermelho, as sirenes de ataque aéreo dispararam. Os militares israelenses afirmaram terem derrubado um “alvo aéreo” que se aproximava da região.
Depois de um aviso inicial sobre uma possível “invasão de aeronave hostil”, que obrigou um grupo de turistas que estavam em um resort a correr a fim de buscar abrigo, os soldados de Israel afirmaram que seus “sistemas identificaram um alvo que se aproximava do território israelense”.
Sem risco para os civis
As Forças de Israel disseram ainda que não houve ameaça ou risco para os civis. Depois dos ataques, o grupo terrorista Houthis assumiu a autoria dos atos de violência.
Tzachi Hanegbi, o conselheiro de segurança nacional de Israel, disse que os ataques dos Houthis eram intoleráveis; porém, ele não quis entrar em detalhes quando interpelado sobre como Israel poderia responder.