O ano de 2024 é especial para o esporte brasileiro. Além da comemoração pelos 110 anos de fundação do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), celebra-se o primeiro centenário da primeira participação de um negro brasileiro em Jogos Olímpicos.
Estamos falando de Alfredo Gomes, do atletismo, que, em Paris 1924, foi ainda o segundo porta-bandeira da história brasileira. O primeiro, na Antuérpia, na Bélgica, em 1920, tinha sido Guilherme Paraense, do tiro esportivo.
Alfredo Gomes estava inscrito em cinco provas, mas não participou dos 800m, 1.500m e 3 mil metros com obstáculos. Nos 5.000m, foi nono colocado na bateria semifinal da qual participou. Também não conseguiu terminar o cross-country individual por conta do calor de 40 graus.
Poucos depois, na virada de 1925 para 1926, Alfredo Gomes conquistou a primeira edição da tradicional São Silvestre. Participou da prova por mais de três décadas e se acostumou a entregar a faixa de vencedor aos campeões.
Alfredo Gomes nasceu em 16 de janeiro de 1899, em Areias, no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, e morreu em 17 de março de 1964, na cidade de São Paulo, após correr dois quilômetros.
Na Olímpiada de 1924, o Brasil foi à França com 12 homens, três do remo, um do tiro esportivo e oito do atletismo. Mas, diferentemente da estreia em Jogos, quando voltou com três medalhas, o país passou em branco naquela edição dos Jogos Olímpicos.
O melhor resultado veio com os remadores Edmundo e Carlos Castello Branco, irmãos que ficaram em quarto lugar na classe double sculls.
Entre os outros países, destaque para Johnny Weissmuller, ouro nos 100m, nos 400m e no revezamento 4x100m da natação e bronze no polo aquático. O norte-americano ficaria mundialmente conhecido por interpretar o Tarzan em filmes de Hollywood.
Além dele, o corredor finlandês Paavo Nurmi se tornou o primeiro a ser campeão cinco vezes em uma mesma edição ao vencer os 1.500m, os 5.000m, a prova por equipes de 3.000m e as duas provas de cross-country.