Quem mora em São Paulo e andou pelo centro da cidade já deve ter visto os trólebus. São aqueles ônibus elétricos que funcionam a partir de um cabo que se conecta a uma rede aérea de fios.
Eu, desde criança, acho esse modelo o máximo, mas reconheço as suas falhas. Apesar de zero emissão de poluentes, o trólebus tem um alcance limitado aos locais onde existam cabos e sempre atrasa a vida das pessoas quando a estrutura da parte de trás solta.
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Quem acompanha o Olhar Digital sabe dos avanços tecnológicos no campo dos veículos. Principalmente dos elétricos. Hoje, muitas empresas não trabalham mais com trólebus e sim com ônibus movidos a bateria. Você diminui os problemas do primo mais velho e mantém as emissões zeradas. Para muitos especialistas, esse deve ser o futuro do transporte urbano.
Uma das maiores cidades do mundo, a capital paulista acaba de receber uma nova marca de ônibus elétricos nesse padrão. A chinesa Ankai, que tem tradição em outros países, será representada aqui pelo Grupo SHC, que já vende modelos da JAC Motors no Brasil.
Conheça os modelos
- A Ankai apresentou uma linha de ônibus elétricos durante um evento em São Paulo, na semana passada.
- A companhia vai trazer 4 modelos diferentes para o país: um de 6 metros (micro), outro de 8, de 10 e o ônibus tamanho padrão, de 12 metros.
- Todos os veículos possuem piso baixo ou alto, adaptando-se às diferentes realidades das cidades brasileiras.
- A autonomia dos ônibus varia entre 250 km e 350 km, de acordo com o pacote de baterias aplicado.
- Todos os modelos estão na fase final de homologação da São Paulo Transportes (SPTrans).
- Mas a ideia é que a marca opere em todo o país – para isso, já negocia com outras prefeituras.
- Uma vantagem dos veículos da Ankai é que são todos monoblocos, ou seja, são mais leves que os da concorrência.
- Para efeito de comparação, o modelo OE-12, por exemplo, é 2 toneladas mais leve em relação aos elétricos equivalentes à venda no mercado.
- Outro diferencial é que os ônibus possuem o ADAS, um sistema que detecta a presença de pedestres ou veículos menores que estiverem na frente do ônibus.
- Outros recursos presentes são o indicador do limite de velocidade e o detector de mudança de faixa.
- No quesito conforto, os modelos contam com ar-condicionado e carregadores USB duplos, além de uma suspensão pneumática para facilitar a acessibilidade.
- Sobre o preço, a versão 12 metros Padron custa R$ 2,4 milhões, cerca de R$ 600 mil mais barato que modelos parecidos do mercado.
Frota de elétricos em São Paulo
Segundo informações da própria prefeitura, a cidade de São Paulo possui hoje uma frota com 270 veículos elétricos em circulação. Desse total, 201 são trólebus e outros 69 são movidos a bateria.
A última leva de veículos chegou em setembro do ano passado: foram 50 novos ônibus. Os modelos pertencem às empresas Transwolff, Transpass, Ambiental e Campo Belo.
A região mais atendida por essa tecnologia é o Centro. Também é possível ver esses veículos circulando pelas Zonas Sul, Leste e Oeste.
Os modelos são fabricados pela Eletra com carroceria Caio e tração elétrica WEG, além de veículos com chassis Mercedes Benz e Scania, fabricados no Brasil.
Cada veículo movido a tração elétrica deixa de emitir anualmente, em média: 0,24 toneladas de NOx (óxidos de nitrogênio); 0,002 toneladas de MP (material particulado); e 106 toneladas de CO2 (dióxido de carbono).
A meta do município é chegar a 20% da frota de ônibus movidos a energia sustentável até o fim de 2024. Se isso acontecer, serão 2.400 veículos do tipo em circulação, o que vai levar São Paulo ao posto de cidade com a maior frota de ônibus elétricos da América Latina.
O país do mundo que tem mais eletrificação do transporte público, hoje, é a China.
As informações são do Inside EVs.