Lar de florestas de coníferas, montanhas nevadas e modos de vida ancestrais, a Lapônia é um território rodeado de lendas e de paisagens deslumbrantes. No inverno, as temperaturas podem beirar os 40º C negativos, período ideal para olhar para cima e avistar o espetáculo da aurora boreal.
Também é quando o Papai Noel volta aos holofotes, já que a Lapônia é popularmente conhecida como a terra do Papai Noel, com uma vila na Finlândia inteiramente dedicada ao bom velhinho.
Assim, é comum associar a Lapônia somente ao Norte da Finlândia, mas o território vai além: abrange ainda partes da Noruega, da Suécia e até da Rússia, em que a maior parte fica acima do Círculo Polar Ártico.
A Vila do Papai Noel
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Papai Noel e rena na cidade de Rovaniemi, na Finlândia, onde fica a “casa oficial” do Papai Noel • Lapland Material Bank/Visit Rovaniemi
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Figura do Papai Noel na Vila do Papai Noel, em Rovaniemi, na Finlândia • Lapland Material Bank/Visit Rovaniemi
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Aurora Boreal em paisagem nevada na Lapônia finlandesa • Lapland Material Bank/Markus Kiili
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A “casa oficial” do Papai Noel fica na cidade de Rovaniemi, na Finlândia. A Vila do Papai Noel (Santa Claus Village, em inglês), fica aberta o ano todo, mas ganha contornos ainda mais especiais durante o inverno, com o auge do espírito natalino.
A vila é, na verdade, um complexo turístico com acomodações, restaurantes, cafés e lojas, mas vai além, ao ser tematizada em torno do Papai Noel, com direito a escritório e cabana do velhinho, onde recebe visitantes em todas as estações.
Além do encontro com o Papai Noel, há uma oficina de cartões-postais com carimbo exclusivo do Ártico, uma área com bichos de estimação que inclui renas, alpacas, pôneis, cabras, ovelhas e coelhos, e passeios na neve com trenós no inverno.
No centro da vila, há também uma pequena cabana que leva o nome de Eleanor Roosevelt, ex-primeira-dama dos Estados Unidos, que visitou Rovaniemi em 1950 para acompanhar o progresso da reconstrução da cidade, completamente destruída em 1944 na 2ª Guerra Mundial. A cabana de madeira tornou-se um marco histórico e representa o início do turismo na região.
Com entrada gratuita, a Vila do Papai Noel fica exatamente em cima da linha do Círculo Polar Ártico, com uma marcação no chão que é ponto popular para fotos. No inverno, a vila também é local para observação da aurora boreal e tem paisagens cobertas pelos flocos de neve.
O local funciona durante todo o ano, com horários que variam conforme a época do ano.
Lapônia sueca: hotel de gelo e aurora boreal
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Bar do Icehotel oferece doses e drinques em copos esculpidos em gelo • CNN Viagem & Gastronomia
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Hotel é construído todos os anos no inverno com 2.500 blocos de gelo do rio vizinho • CNN Viagem & Gastronomia
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Interior do Icehotel não fica abaixo dos -5ºC • CNN Viagem & Gastronomia
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Icehotel possui também uma estrutura permanente com mais de 10 suítes, abertas o ano todo • CNN Viagem & Gastronomia
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Algumas suítes do hotel permanente são temáticas e a base da cama também é de gelo; hóspedes usam sacos de dormir especiais • CNN Viagem & Gastronomia
A 7ª temporada do CNN Viagem & Gastronomia dedicou um programa às maravilhas da Lapônia, mais especificamente nas regiões da Suécia e da Noruega. Na porção sueca, Kiruna foi o ponto de partida para as descobertas.
Rica em depósitos minerais, Kiruna tem uma das maiores minas de ferro do mundo e é a cidade mais ao norte da Suécia. A alguns quilômetros do centro, na vila de Jukkasjärvi, fica localizado o Icehotel, o hotel de gelo que inspirou tantos outros ao redor do mundo.
Além de servir propriamente como um hotel, o endereço já virou uma atração turística. A estrutura é esculpida anualmente com gelo do rio vizinho e, para erguê-la, são necessários 2.500 blocos, cada um com duas toneladas. São cerca de 15 quartos padrão e outras 12 suítes temáticas, que mudam a cada temporada.
No interior do hotel, temperaturas entre -5ºC e -8ºC são constantes. As camas são forradas com pele de rena e possuem um colchão grosso sobre uma base de madeira. Os hóspedes dormem em um saco de dormir térmico, mas costumam passar apenas uma noite no local antes de serem direcionados a um quarto “normal” logo ao lado da estrutura de gelo.
Um bar aberto ao público oferece gin sueco servido em copo de gelo, souvenir que pode ser levado para casa, mas que dura pouco tempo.
Acima de Kiruna fica ainda o Parque Nacional Abisko, procurado para a caça da aurora boreal. Não muito longe fica Björkliden, estação de esqui em meio a picos nevados com cabanas nas montanhas ao lado do lago Torne e também procurada para o avistamento da aurora boreal.
Lapônia norueguesa: encontro com lobos
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Entrada do Polar Park, centro de conservação de espécies do Ártico no norte da Noruega • CNN Viagem & Gastronomia
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Antes de encontrar os lobos, equipe faz treinamento e passa informações importantes para a experiência • CNN Viagem & Gastronomia
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Encontro com lobos é marcado por lambidas e carinhos; animais selvagens brincam entre si e tudo é feito com o máximo respeito pelo habitat • CNN Viagem & Gastronomia
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Já na porção norueguesa da Lapônia, um dos destaques é o Polar Park, centro de pesquisas e conservação das espécies do Ártico localizado na comuna de Bardu.
O parque preserva o ambiente natural e serve como habitat para ursos, lobos, linces, alces e renas, que andam livremente pela natureza exuberante.
Aqui, é possível agendar uma experiência cara a cara com estes animais selvagens, tudo feito ao lado de guias do parque, com protocolos de segurança e o máximo respeito pelo entorno.
O mais comum é se deparar com lobos, que uivam ao lado dos visitantes, pedem carinho e até os lambem. A atividade ajuda na conscientização e na proteção destas espécies. A entrada no Polar Park sai a partir de 385 coroas norueguesas para adultos (cerca de R$ 209).
A porta de entrada para a Lapônia norueguesa, porém, normalmente é Narvik, a apenas 1h10 de carro de Abisko, na Suécia.
Cercada por montanhas e fiordes, Narvik tem atividades ao ar livre e linhas de trem entre as mais cenográficas do mundo, como a que faz a rota entre Estocolmo e Narvik ou a que leva os passageiros no alto das montanhas para que avistem a aurora boreal.
A cidade ainda é paradinha popular de cruzeiros e possui até o Narvik War Museum, um museu que retoma fatos da 2ª Guerra Mundial, já que foi palco da invasão alemã em 1940.
Focado em vinhos, cruzeiro fluvial para brasileiros zarpa na França em 2025