Nesta quinta-feira (22), os Estados Unidos realizaram o seu primeiro pouso na lua em mais de 50 anos. A missão aconteceu com o módulo Odysseus, o “Odie”, sem tripulação. A empresa Intuitive Machines, foi a responsável pela alunissagem (chegada de uma espaçonave na superfície lunar).
A empresa, sediada em Houston, foi a responsável por desenvolver a primeira espaçonave comercial juntamente com o seu principal cliente, a Nasa, que por sua vez, busca explorar a Lua usando exploradores robóticos desenvolvidos por empreiteiras privadas antes de enviar astronautas no futuro por meio de seu programa Artemis.
A empresa conseguiu confirmar que o controle da missão recebeu sinais da superfície lunar logo após o pouso. Mas só duas horas depois é que a Intuitive Machines compartilhou que a espaçonave estava “em pé e começando a enviar dados”, de acordo com uma atualização da empresa no X, o antigo Twitter.
A Intuitive Machines foi fundada em 2013 por Stephen Altemus, Kam Ghaffarian e seu programa lunar fornecerá acesso à superfície lunar, entrega em órbita lunar e comunicações à distância lunar.
Além disso, vale dizer que a Nasa selecionou o programa Lunar Payload Delivery Services (LPDS) da Machines para três missões lunares no total.
O CEO da Intuitive Machines, Steve Altemus, realizou uma transmissão ao vivo na internet e realizou o anúncio do pouso: “Eu sei que isso foi de tirar o fôlego, mas estamos na superfície e estamos transmitindo”, disse. “Bem-vindo à Lua”, completou.
Antes de fundar a Intuitive Machines, Altemus foi nomeado vice-diretor do Johnson Space Center da Nasa, cargo que ocupou até junho de 2013. Além disso, ele foi ex-diretor de engenharia de 2006 a 2012, administrando capacidades de engenharia do Johnson Space Center em apoio aos programas, projetos e atividades tecnológicas de voos espaciais tripulados da Nasa.
O contrato para esta missão valia originalmente menos de US$ 80 milhões (aproximadamente R$ 398 milhões). Mais tarde, o valor foi renegociado e – ao todo – a Intuitive Machines poderia receber até US$ 118 milhões (mais de R$ 587 milhões) da NASA para esta missão.
Por fim, mas não menos importante, vale citar que a empresa também abriu o capital no ano passado, por meio de uma fusão reversa. Suas ações estiveram em alta recentemente em meio a seus sucessos no espaço, subindo cerca de 80% nos últimos cinco dias, na tarde de quinta-feira.
*Com informações de Jackie Wattles, Ashley Strickland e Pedro N.Jordão, da CNN
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