quinta-feira, janeiro 30, 2025
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Congonhas — o futuro dos pilotos e o prejuízo da companhia Latam

Neste fim de janeiro, Oeste traz novamente aos leitores reportagens que fizeram sucesso ao longo do último mês de 2024. O texto abaixo, publicado originalmente em 6 de dezembro, informa que um incidente no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, poderia impactar o futuro dos pilotos, além de resultar em prejuízo à companhia aérea Latam.

Leia a reportagem

Foi leve e sem vítimas, mas a colisão entre duas aeronaves operadas pela Latam na pista do Aeroporto de Congonhas deve gerar problemas para funcionários e companhia aérea.

O incidente aeronáutico aconteceu na manhã desta terça-feira, 3, quando um Airbus A320neo taxiava na pista e se chocou com outro Airbus, modelo A319. O primeiro avião preparava-se para iniciar o procedimento de decolagem rumo a Campo Grande (MS).

Congonhas: manobras no momento errado

A aeronave atingida voltava ao estacionamento depois de tentar acessar a pista para também iniciar a manobra de decolagem, só que para Brasília (DF). Em determinado momento, o avião que ia para o Mato Grosso do Sul não percebe – ou erra no cálculo – e acerta a sua asa direita na parte traseira do outro avião.

Fotos das aeronaves mostram que, embora aparentemente pequenas, as avarias são comprometedoras. A reportagem de Oeste entrou em contato com a Latam para saber possíveis causas da colisão, o futuro dos pilotos e os prejuízos decorrentes do incidente. A empresa, no entanto, não quis se manifestar.

Pilotos correm risco de demissão

Para entender melhor o caso, Oeste consultou alguns especialistas que explicaram os desdobramentos de um evento como esse. Por questões de privacidade, as fontes pediram para não ter seu nome identificado. 

Conforme um dos especialistas, automaticamente as tripulações das aeronaves são afastadas da escala, enquanto se apura o caso. Confirmada alguma infração, os pilotos podem sofrer sanções administrativas, como demissão. O mesmo se aplica aos controladores de solo, ligados à administração do aeroporto.

“Falha do controlador de voo”, diz funcionário

Segundo uma fonte com profundo conhecimento sobre as aeronaves, o avião que se preparava para decolar foi o que sofreu maiores danos. “Aparentemente, houve avarias  significativas na asa em um ponto sensível que, provavelmente, vai exigir um considerável período para reparo”. Em vídeo gravado por um passageiro, o comandante da aeronave que seguia para Campo Grande relata o incidente (confira o vídeo abaixo).

Diante desta situação, a companhia aciona o seguro que, por sua vez, vai querer saber até que ponto justifica-se uma indenização na hipótese de erro operacional. “Parece que a maior falha foi do controle de solo, que autorizou a saída da aeronave estacionada e, ao mesmo tempo, a movimentação do outro avião”, afirma um piloto acostumado a operar em Congonhas.

Problema deve afetar malha aérea

Na visão do especialista, a aviação comercial trabalha hoje no limite da operação, tanto na disponibilidade de pilotos quanto na de aeronaves. “Dois equipamentos a menos no fim do ano, que é período de alta temporada, vão causar um impacto significativo na malha aérea”.

As fontes não souberam informar com precisão o tamanho do prejuízo em razão do incidente. No entanto, um cálculo superficial sugere perdas de algo em torno de US$ 300 por hora de cada avião mantido em solo. Quanto aos reparos, o custo em ambos equipamentos deve ultrapassar a cifra de US$ 1,5 milhão.



Via Revista Oeste

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