domingo, março 9, 2025
InícioEconomiaConfiança do consumidor recua pelo segundo mês consecutivo

Confiança do consumidor recua pelo segundo mês consecutivo

O Índice Nacional de Confiança (INC) do consumidor caiu pelo segundo mês consecutivo. A pesquisa realizada pela PiniOn para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) alcançou 99 pontos em fevereiro e caiu para o campo pessimista, cenário que não ocorria desde julho de 2024.

Trata-se de um recuo de 2,9% quando comparado a dezembro. Em janeiro, o índice também arrefeceu e caiu para 102 pontos.

A ACSP encomenda a pesquisa desde 2005. O índice avalia a confiança dos consumidores de regiões e recortes econômicos distintos, em uma escala de 0 a 200 pontos. Resultados abaixo dos cem pontos, como o de fevereiro, são pessimistas.

A PiniOn entrevistou cerca de 1,6 mil famílias. Os participantes, distribuídos por todo o Brasil, moram tanto nas capitais quanto no interior. Todas as regiões apresentaram queda no INC, principalmente o Centro-Oeste e o Norte.

Além disso, as classes sociais como um todo demonstraram insatisfação e recuaram no índice — sobretudo, as famílias da classe C.

Por que a confiança do consumidor caiu novamente?

Segundo a pesquisa da PiniOn, a queda no INC pelo segundo mês consecutivo ocorreu devido à falta de confiança dos consumidores com suas atuais situações financeiras. Além disso, houve impacto da baixa expectativa com a renda e o emprego no futuro.

A queda na confiança do consumidor resultou na diminuição da disposição para consumir bens duráveis, como geladeira e fogão. Também houve diminuição da expectativa para realizar investimentos.

Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, afirmou que a diminuição do INC pelo segundo mês consecutivo é resultado do desaquecimento da atividade econômica e da menor geração de empregos.

Gamboa também fez menção à aceleração da inflação, com destaque para o aumento do preço de produtos básicos, como alimentos e bebidas. A situação também se agrava por causa dos juros altos e o elevado grau de endividamento, o que deixa as famílias mais atentas na hora de ir às compras.

Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui