André Luiz de Souza, o Amin, cumpre pena na Penitenciária 2, de Presidente Venceslau, em São Paulo. Ele é integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) e foi condenado a cem anos, quatro meses e 22 dias por crimes como homicídios, roubos e tráfico de drogas. Amin busca progressão para o regime semiaberto.
Em 24 de setembro, o pedido de progressão de Amin foi negado pelo juiz Hélio Narvaez, do Departamento Estadual de Execução Criminal da 1ª Região.
A negativa se baseou em um exame criminológico da Comissão Técnica de Classificação, que avaliou Amin como inapto para a progressão. O juiz afirmou que “o prisioneiro ainda não está apto para deixar o regime fechado e cumprir pena no semiaberto”.
A defesa de Amin contesta o resultado, ao alegar que o laudo é “contraditório e tendencioso” e foi realizado sem a “necessária avaliação de um psiquiatra”.
O advogado argumenta que, na P-2, de Venceslau, a Lei de Execução Penal não é devidamente respeitada e que o sistema penal é equiparado à inquisição e à Gestapo. Segundo a defesa, laudos são feitos de forma inadequada, sem critérios para uma perícia honesta.
A atuação de Amin no PCC
Desde 2019, Amin passou a gerenciar os negócios do PCC. Investigações da Polícia Federal e do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) revelam que ele é uma figura de confiança no comando da facção.
De acordo com os relatórios, Amin é uma “importante voz de colaborador na cadeia de comando do PCC e homem de confiança dos irmãos Camacho”.
Um inquérito da PF inclui um bilhete atribuído a Amin em que ele menciona sua amizade com Marcolinha e respeito por Marcola, além de detalhar atividades do grupo.
Em 2015, Amin e Marcolinha foram acusados de tráfico internacional de drogas na Operação Quinta Roda. Por esse crime, Amin foi condenado a 29 anos e dois meses. Sua pena total deve terminar em novembro de 2092.