A comunidade israelense está procurando ministros e políticos próximos para tentar marcar uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo apurou a CNN, o presidente da Conib (Confederação Israelita do Brasil), Claudio Lottenberg, conversou por telefone com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
O objetivo é não partir para o enfrentamento direto com Lula, mas tentar que ele faça uma declaração conciliatória, após igualar, por diversas vezes, o contra-ataque de Israel e os atos terroristas do Hamas.
Lottenbergh e Padilha são próximos desde que Padilha era ministro da Saúde no governo Dilma. Lottenberg, que é presidente do Hospital Albert Einstein, saiu em defesa do ministro quando veio a público que ele havia recebido um militante do Hamas.
Outro interlocutor que tem sido procurado pela comunidade israelense é o senador Jaques Wagner, que é judeu e amigo pessoal de Lula. A expectativa é que os dois consigam contrabalançar a influência junto ao presidente de alas mais pró-Palestina, como o ministro das Comunicações, Paulo Pimenta.
“Estamos importando o conflito Israel-Hamas para o Brasil e enquadrando na polarização. Isso não é bom para ninguém”, disse uma fonte da cúpula da Conib.
Nas alas mais moderadas do governo, há reclamações de que as falas de Lula contra Israel tiraram o foco da agenda positiva da chegada dos brasileiros de Gaza. Já os bolsonaristas começam a se posicionar para pressionar a Conib a não se aproximar de Lula.
“A Conib não tem que dialogar com Lula, um histórico e comprovado antissemita e perseguidor do povo judeu”, publicou nas redes sociais o deputado federal Sóstenes Cavalcante.
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