Rochas precariamente equilibradas, que parecem prestes a cair a qualquer momento, estão se tornando importantes para entender o risco sísmico.
Uma matéria da BBC explica como essas pedras, que podem ser encontradas em várias partes do mundo, oferecem pistas sobre terremotos antigos, antes da invenção dos sismômetros.
Elas funcionam como “testemunhas” de tremores de terra do passado, ajudando a melhorar mapas de risco sísmico e a informar planos de desastres, códigos de construção e seguros.
Essas rochas instáveis podem ter surgido por erosão ou por movimentos de geleiras, e são visualmente impressionantes, como pedras colocadas por alguma força sobrenatural.
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Geólogos como Dylan e Anna Rood utilizam essas pedras para analisar eventos sísmicos passados, aplicando métodos como datação com isótopos cosmogênicos e modelos computacionais 3D. Isso permite estimar a probabilidade de uma rocha cair após tremores de diversas intensidades.
“Podemos calcular a probabilidade de uma pedra cair em uma série de tremores no solo, desde tremores muito curtos e pequenos até tremores realmente extremos”, diz Anna.
Estudo das rochas leva a diversas utilidades
- Essas pedras também têm sido valiosas para avaliar riscos de terremotos em infraestrutura sensível, como usinas nucleares e represas.
- A Agência Internacional de Energia Atômica recomenda seu uso na mitigação de riscos sísmicos em áreas de risco.
- A análise dessas pedras pode até ajudar na escolha de locais para depósitos de resíduos nucleares, como foi o caso de Yucca Mountain, em Nevada.
Portanto, ao encontrar uma dessas rochas durante uma caminhada, é interessante pensar na história sísmica que ela pode representar.