sexta-feira, novembro 22, 2024
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Como o inverno pode diminuir o desempenho dos carros elétricos

Apesar da adoção lenta no Brasil, os carros elétricos se popularizaram: na Europa, essa modalidade representou mais de 14% das vendas em 2023, e deve chegar a 20% este ano. Conforme os modelos se tornam mais comuns nas ruas, os proprietários começam a se perguntar sobre como será o funcionamento no inverno, principalmente em uma região que pode chegar a dezenas de graus negativos. Afinal, se até veículos a combustão demoram para engatar no frio, não seria diferente com os elétricos.

No entanto, os modelos movidos a eletricidade ainda enfrentam problemas com o carregamento e a durabilidade da bateria.

Carros elétricos vs. inverno

No frio, os carros elétricos não são diferentes dos híbridos e a combustão: demoram mais para arrancar e são menos eficientes. Porém, a nova modalidade tem alguns problemas extra, como alcance e capacidade da bateria reduzidos.

A capacidade da bateria é a quantidade de energia que a bateria pode reter e a rapidez com que descarrega (e, consequentemente, recarrega). No frio, as reações químicas que acontecem dentro do dispositivo para gerar energia acontecem de forma mais lenta, afetando o desempenho.

Nem todos os carros elétricos são impactados da mesma forma e há maneiras de prever essa redução no desempenho. Por exemplo, a Federação Norueguesa de Automobilismo – país onde a temperatura pode chegar a – 40°C, faz testes regulares de autonomia dos veículos no inverno e verão. A perda no frio pode oscilar entre 10% e 30% em relação à autonomia oficial do carro.

Com isso, o alcance também cai e será necessário carregar o automóvel mais vezes – o que também é um problema. Os pontos de recarga (principalmente os que ficam ao ar livre, expostos ao frio) também ficam mais lentos por conta das reações químicas no interior. Ou seja, espere passar mais tempo estacionado esperando o carro carregar.

Vale lembrar que no Brasil as temperaturas são mais amenas, mesmo no inverno.

Imagem: Ingrid Maasik / Shutterstock.com

E na neve?

Claro, no Brasil não há neve, mas essa é uma preocupação dos compradores em outras partes do mundo.

Como lembra o site Euronews, os elétricos geralmente têm tração dianteira ou integral (nas quatro rodas), então lidam bem com a neve. Além disso, o centro de gravidade baixo devido ao posicionamento das baterias pode até melhorar a estabilidade dos carros.

Do lado contrário, eles são mais pesados do que carros a combustão e, em casos de derrapagem, podem ser mais difíceis de colocar de volta sob controle.

Como se prevenir

Não há como se prevenir do frio do inverno, mas há formas de diminuir o impacto nos carros elétricos. Veja algumas:

  • Uma forma simples é deixá-lo em garagens, estacionamentos e outros locais cobertos no geral. Protegendo da exposição ao frio, a bateria se conserva.
  • Também é possível programá-lo para pré-aquecer antes de sair de casa, para evitar passar muito tempo esperando o carro ligar e economizar bateria (que, nesse caso, virá da fonte de carregamento).
  • Evitar ligar o aquecimento, preferindo bancos e volantes climatizados, também ajudam a não forçar a bateria.
  • Por último, é importante se certificar de que o carro está balanceado e com os pneus calibrados, já que qualquer desequilíbrio pode ser compensado na bateria (que irá durar menos ainda).

Via Olhar Digital

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