Desde 2018, a atuação dos cibercriminosos no Brasil disparou mais de 300%, enquanto crimes como roubos de celulares e veículos caíram
O Brasil é um dos países do mundo mais visados pelos hackers. Em 2024, o país registrou 1,9 milhão de crimes na internet, o equivalente a um golpe a cada 16 segundos. Desde 2018, a atuação dos cibercriminosos disparou mais de 300%.
Enquanto isso, roubos de celulares e veículos caíram, práticas criminosas comuns, acabaram caindo. De acordo com as autoridades brasileiras, os números mostram que os criminosos estão migrando para a internet, onde o risco é baixo, e o retorno pode ser altíssimo.
Legislação brasileira de crimes cibernéticos
- O Brasil conta com uma legislação específica de crimes cibernéticos.
- Ela inclui a Lei Carolina Dieckmann (12.737/2012), que tipifica crimes como invasão de computadores, violação de dados pessoais e derrubada de sites, além de estabelecer princípios, garantias e deveres para o uso da internet.
- Há, ainda, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) (13.709/2018), que regula o tratamento de dados pessoais no Brasil, e a Lei 14.155/2021, que agravou as penas para crimes cometidos no ambiente digital.
- Por fim, existe o Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), que regulamenta o uso da internet no Brasil e protege os dados pessoais e a privacidade dos usuários.
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Hackers identificaram grandes oportunidades no país
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a realidade do Brasil é resultado da falta de leis atualizadas sobre o assunto. Isso cria um ambiente favorável para a atuação de hackers, que podem lucrar mais sem a necessidade de confrontos com as forças de segurança ou uso de armas.
Para João Guilherme Medeiros de Carvalho, da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), é urgente adotar inovação legislativa que trate e combata de forma eficaz o crescente fenômeno dos crimes cibernéticos.
![Pessoa com capuz atrás de um notebook](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2024/11/ataque_hacker-1024x569.jpg)
Ele defende que o Estado precisa se adaptar a essa nova realidade, que já é o presente e seguirá no futuro. E destaca que as leis existentes não acompanharam a sofisticação das novas modalidades de crimes virtuais, o que dificulta tanto a responsabilização dos criminosos quanto a proteção das vítimas. As informações são do Metrópoles.
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Colaboração para o Olhar Digital
Alessandro Di Lorenzo é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital