Os pinguins-imperadores da Antártica estão ameaçados devido à instabilidade do gelo marinho e são forçados e migrarem para zonas mais seguras. Nesse processo, algumas colônias já diminuíram de tamanho e outras foram dadas como desaparecidas. Agora, dados de satélite ajudaram a encontrar um novo grupo da espécie, até então desconhecido, usando manchas de fezes na neve.
Descoberta de nova colônia
A movimentação forçada dos pinguins-imperadores está sendo estudada.
De acordo com o site Earthsky, algumas colônias já se deslocaram 40 km em busca de locais estáveis. Em um caso de 2022, o rompimento de gelo afogou até 10 mil bebês, novos demais para sobreviver por conta própria.
Do lado contrário, uma pesquisa redescobriu uma colônia que pensava ter desaparecido com um dos rompimentos. Agora, são 66 colônias de pinguins-imperadores na Antártica.
Veja como foi a descoberta do novo grupo:
- Em 24 de janeiro, o British Antarctic Survey publicou que cientistas usaram imagens de satélites para procurar novos criadouros de pinguins-imperadores;
- Eles usaram imagens dos satélites Copernicus Sentinel-2 e Maxar WorldView-3;
- Os dispositivos monitoram os pinguins, mas, como a Antártica é coberta de gelo branco, os animais podem passar despercebidos;
- Mas o cocô deles não: as manchas de fezes no gelo branco contrastaram com a paisagem gelada e revelaram a presença dos pinguins.
Pinguins-imperadores ainda estão em perigo
Apesar da notícia ser boa, os pinguins-imperadores não estão fora de perigo.
A perda do gelo marinho ainda é prejudicial e coloca a vida dos animais em risco. Além disso, segundo Peter Fretwell, do British Antarctic Survey, as colônias conhecidas têm menos de 1 mil aves cada (com exceção de uma maior).
Mesmo que novos grupos sejam encontrados, o tamanho geral da população ainda é pequeno e é ofuscado pelas falhas reprodutivas causadas pela perda do habitat.
Por enquanto, os pinguins-imperadores estão migrando para locais de reprodução mais estáveis, mas Fretwell afirma que “esta estratégia não funciona se o gelo marinho for afetado em toda uma região”. Ou seja, se nada mudar, a tendência é que nenhum lugar se torne seguro para eles.