sábado, setembro 21, 2024
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Como Maduro frauda eleições para permanecer no poder

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarou o ditador Nicolás Maduro vencedor da eleição presidencial do país, no último domingo, 28. O líder chavista, que está no poder há 11 anos, vai entrar para o seu terceiro mandato.

Esse fato ocorre em meio às denúncias de fraudes, depois de o órgão eleitoral venezuelano não divulgar o resultado oficial do pleito. Agora, há informações de que o Maduro está fabricando atas da eleição para alterar o resultado verdadeiro.

Essa não é a primeira vez que o regime bolivariano é acusado de fraudar as eleições. Para continuar no comando no país, Maduro emprega táticas para distorcer o processo democrático. 

Juntar diferentes braços do governo

Uma das principais ferramentas utilizadas por Maduro para permanecer no poder é a cooptação de diferentes braços do governo. Isso não acontece somente na Venezuela, mas em outras ditaduras da América Latina, como Cuba e Nicarágua.

Um caso que exemplifica isso é o do ditador nicaraguense, Daniel Ortega. Em 2023, a ditadura do país destituiu o presidente do Supremo Tribunal de Justiça. 

Rosario Murillo, a primeira-dama do regime, assumiu o controle da Corte, segundo o jornal da Nicarágua Confidencial

Maduro reprime candidatos 

Além disso, governos autoritários, como o de Maduro, frequentemente reprimem candidatos da oposição e ditam quais podem concorrer.

O regime da Venezuela usou os tribunais para proibir Maria Corina Machado, principal líder da oposição, de concorrer contra Maduro. A ditadura obrigou o partido dela a usar como substituto Edmundo González — um diplomata pouco conhecido.

No Irã, por exemplo, a teocracia repressiva permite apenas candidatos que são examinados pelo Conselho de Guardiões — um grupo de 12 juristas e clérigos. Neste ano, o conselho desqualificou da disputa várias mulheres, um ex-presidente e muitos funcionários do governo.

Cultura de medo

A cultura de medo na Venezuela ficou mais clara depois que o ditador Maduro alertou para um “banho de sangue” caso seu partido perdesse. Em 2017, tropas da Guarda Nacional e milícias alinhadas ao regime reprimiram violentamente as manifestações contra o governo. Em 2019, um tanque de guerra atropelou manifestantes em Caracas, capital venezuelana. 

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Via Revista Oeste

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