A vida na natureza selvagem é cheia de perigos. Nesse contexto, a capacidade de se adaptar a diferentes ambientes pode significar sobreviver ou encontrar um parceiro. Essa fascinante habilidade é uma estratégia evolutiva que conta com uma série de mecanismos biológicos. Entenda a seguir como os animais mudam de cor.
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Seja dentro ou fora d’água, a capacidade de mudar de cor representa uma adaptação evolutiva muito importante para diversos animais. Em muitos casos, a habilidade de alterar a coloração da pele está diretamente ligada à camuflagem, permitindo que os animais se misturem com seus arredores e escapem de predadores ou se aproximem de presas sem serem detectados.
Além da sobrevivência, a mudança de cor é utilizada por várias espécies como meio de comunicação. Permitindo a expressão de diversas emoções, estabelecimento de hierarquias sociais e, é claro, a reprodução. A mudança de cores envolve uma série de processos bastante interessantes que ocorrem em estruturas especializadas dos corpos desses animais.
Como os animais mudam de cor?
Para entender como os animais mudam de cor é preciso conhecer uma estrutura muito curiosa que algumas espécies apresentam, os cromatóforos. Essas células especializadas encontradas na pele de diversos animais, desempenhando um papel essencial na regulação da coloração da superfície corporal. Presentes em animais como cefalópodes, camaleões, peixes e alguns répteis, são responsáveis pela produção de pigmentos específicos, que conferem cor à pele.
A mudança de cor na pele desses animais envolve geralmente a expansão ou contração dos pigmentos presentes nos cromatóforos. A reorientação desses pigmentos e a manipulação da luz refletida pelos cristais de guanina presentes em outras estruturas especializadas, chamadas iridóforos também auxiliam na troca rápida de padrões de cor nesses animais. A resposta rápida a estímulos ambientais e emocionais é possível devido à ação direta do sistema nervoso sobre os cromatóforos, controlando sua abertura ou fechamento.
Por que os animais mudam de cor?
A capacidade de mudar de cor exerce uma série de funções diferentes na vida dos animais, e varia conforme a espécie. A mudança de cor muitas vezes serve como uma forma de atrair parceiros. Em alguns peixes tropicais, durante o período de acasalamento, os machos exibem uma coloração vibrante e intensa para atrair as fêmeas.
Em outros cenários, a capacidade de mudar os tons da camuflagem da pele segundo o meio em que se encontram, serve como ferramenta de sobrevivência. Cefalópodes marinhos, como polvos e lulas, possuem cromatóforos em sua pele que lhes permitem imitar texturas e padrões do ambiente, proporcionando uma camuflagem eficaz contra predadores em potencial.
O polvo pode rapidamente alterar sua coloração para se mesclar com algas, rochas ou fundos marinhos, oferecendo uma forma adaptativa de evitar a detecção e garantir sua segurança.
Mas enquanto para os polvos a camuflagem é uma estratégia defensiva, para os camaleões é uma de suas principais armas de caça. O camaleão, utiliza sua habilidade de mudar de cor para se aproximar silenciosamente de presas sem ser detectado. Essa capacidade facilita a aproximação furtiva, permitindo uma emboscada eficaz, representando um mecanismo crucial para o sucesso na obtenção de alimento.
Sejam quais forem as cores, formas ou padrões, é difícil não se encantar com os animais que podem mudar de cor. É difícil até não ter uma leve inveja, afinal, quem não gostaria de poder mudar de roupa de acordo com o cômodo da casa onde se encontra?