terça-feira, julho 2, 2024
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Como baterias de bicicletas elétricas estão ficando mais seguras

A indústria está transformando em tendência novo tipo de bateria voltada para bicicletas elétricas, com capacidade de introduzir grandes níveis de segurança e proteção aos ciclistas. Como ela se chama? Bateria envasada.

Quando falamos de segurança para ciclistas com bicicletas elétricas, uma das maiores preocupações é com relação a possíveis incêndios. Apesar de o número de baterias incendiadas ser bem baixo, se comparado com dezenas de milhões de bicicletas elétricas nas ruas, conforme lembra o Electrek, um único incêndio em um veículo desses pode ser fatal (ou causar grandes estragos), reforçando a importância do tema.

Mas um novo processo de fabricação, que garante aumentar significativamente a segurança das baterias em e-bikes, vem ganhando mais e mais notoriedade. Ele prevê diminuir o risco de incêndios, mesmo se a bateria for usada em demasia ou danificada.

Envasamento promete baterias mais seguras para bicicletas elétricas

  • O envasamento usa resina endurecedora derramada entre as células para isolá-las umas das outras e do meio-ambiente;
  • Ele pode mitigar a corrosão e danos físicos, dois dos principais fatores que resultam em incêndios;
  • O especialista em baterias Luke Workman explicou, ao podcast do Electrek, que o spray de água salgada e vapor que penetram nas vedações da caixa da bateria de uma e-bike são capazes de corroer lentamente as células da bateria, podendo levar a curto-circuito;
  • Mesmo bem-selada, os danos físicos a uma bateria, tais como quedas graves e colisões, também podem romper as células, ou, potencialmente, levar a curtos-circuitos, podendo, raramente, resultar em incêndios.

Há pouco, a Pedego, fabricante estadunidense de bicicletas elétricas, afirmou estar adotando baterias encapsuladas, que usam resina absorvente de calor entre as células, em seus modelos.

O envase das baterias e envolvimento de suas células em material termicamente condutor permite à Pedego proteger o componente de impactos e perfurações, ajudando ainda na dissipação do calor mais eficazmente.

Como explica o Electrek, isso é vital, pois o calor excessivo pode acarretar fuga térmica, condição na qual o aumento de temperatura leva a mais calor liberado, o que pode ser agravado em situações potencialmente perigosas.

Outra vantagem dessa tecnologia é que ela pode ter vida útil significativamente maior que as baterias de e-bikes tradicionais. Isso se dá ao reduzir o desgaste provocado por vibração e impactos repetidos.

Alguns componentes das baterias, como conectores elétricos e tiras condutoras de níquel, podem vibrar soltos no interior da peça, sendo necessário o acesso a seu interior para corrigir o problema.

Imagem: Melnikov Dmitriy/Shutterstock

O material de revestimento solidificado:

  • Estabiliza as células da bateria;
  • Minimiza o movimento dentro da caixa;
  • Oferece amortecedor ante solavancos, inclusive os ocorridos pela condução diária da bicicleta.

A estabilização, além de manter a bateria íntegra, também garante desempenho e confiabilidade consistentes, cruciais para ciclistas que precisam das e-bikes para se deslocarem regularmente, ou para atividades recreativas.

A adoção da bateria envasada não é algo exclusivo da Pedego; a Rad Power Bikes também anunciou estar implementando seu próprio design do componente. Contudo, nenhuma delas são pioneiras: Luna Cycle e Grin Technologies são dois exemplos de fabricantes que já adotam a tecnologia há tempos.

Mas há diferença crucial: Tanto Pedego, como Red Power, são importantes marcas dos EUA, e não empresas com menor reputação e influência no setor. Agora, com líderes do segmento correndo para adotar a tecnologia, espera-se que as demais sigam a nova tendência.

Via Olhar Digital

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