A natureza é fascinante e uma pequena espécie de água-viva é um exemplo disso. A Cladonema (Cladonema pacificum) é capaz de regenerar um tentáculo perdido em apenas dois dias. Esse “poder” sempre intrigou os cientistas, mas agora pesquisadores japoneses descobriram como o processo acontece.
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Processos de regeneração no mundo animal
- Muitas espécies conseguem regenerar um tecido perdido.
- É o caso das salamandras, dos corais, das anêmonas-do-mar e de diversos tipos de insetos.
- Para isso, eles criam um blastema, que consiste em um aglomerado de células que podem não só reparar os machucados, como também crescer nas extremidades perdidas.
- No entanto, as águas-vivas contam com um sistema de regeneração mais sofisticado e também desconhecido pela ciência até agora.
- As informações são do UOL.
O segredo da água-viva
Segundo o estudo publicado na revista PLOS Biology, as células proliferativas da Cladonema são específicas para o reparo. Elas contribuem para formar a fina camada externa, chamada de epitélio, do novo membro.
Além disso, cada tentáculo possui células-tronco de verdade, que residem nas extremidades e são responsáveis por gerar todas os tipos de células necessárias durante a regeneração. Dessa forma, mantêm e consertam os problemas do animal durante toda sua vida.
Já as células proliferativas específicas para reparo aparecem apenas no momento da lesão. Juntas, elas permitem a regeneração rápida do tentáculo, o que acontece em dois dias.
De acordo com os pesquisadores, o objetivo do estudo era compreender como animais sem simetria bilateral, como a água-viva, formavam o blastema. Neles, não há formação de lados direto e esquerdo durante o desenvolvimento embrionário.
Já animais como a salandra, por exemplo, têm simetria bileteral. Para regenerar os membros, elas possuem células-tronco restritas às necessidades de tipos celulares específicos.
A conclusão da equipe envolvida na pesquisa é que o mecanismo de ação é parecido. Além disso, as descobertas são importantes para compreender melhor a evolução dos animais.
Podemos presumir que a formação do blastema por meio dessas células é uma característica comum adquirida independentemente para a regeneração de órgãos complexos e apêndices durante a evolução animal.
Sosuke Fujita, autor do estudo