A polícia de São Paulo precisou utilizar métodos avançados para identificar Kauê do Amaral Coelho como um dos responsáveis pelo assassinato do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, em 8 de outubro, no Aeroporto de Guarulhos. A perícia reuniu exames de DNA e tecnologia 3D para investigar um dos principais suspeitos pelo homicídio.
Além das imagens de câmeras de segurança, a perita criminal Karen Kawakani informou à CNN que reuniu no dia do crime provas como amostras biológicas e digitais. Um modelo 3D do local também ajudou a traçar a rota dos disparos.
Ainda não está clara a origem dos tiros que atingiram o motorista de aplicativo Celso Novais, outra vítima do atentado. As armas utilizadas, três fuzis e uma pistola, já passaram por análise balística.
“Já terminaram os exames periciais de confronto balístico”, informou Karen. “Fizemos uma força-tarefa com o trabalho de três peritos para conseguir analisar tudo. Eram três fuzis, uma pistola e muita munição. As armas que identificamos foram aquelas usadas na ocorrência”.
Tecnologia ajuda a desvendar execução em Aeroporto de Guarulhos
Com o uso de tecnologia forense, agentes conseguiram identificar nove fragmentos de impressões digitais no veículo usado pelos criminosos, um Gol preto. O ataque ocorreu na área de desembarque do Terminal 2, onde os atiradores estavam à espera de Antônio Vinicius.
Delator em uma investigação sobre lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), o empresário foi alvo de 27 tiros. Dez deles o atingiram. Câmeras de segurança registraram o momento em que ele tentava escapar, acompanhado da namorada. O homem acabou caindo perto da faixa de pedestres.
De acordo com a polícia, os criminosos planejaram o ataque meticulosamente. Há rumores de uma recompensa de R$ 3 milhões por sua morte. Depois do crime, a polícia efetuou buscas em locais relacionados a Kauê.
O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, destacou a análise das imagens de segurança como crucial para identificar os suspeitos. A pasta oferece uma recompensa de R$ 50 mil por informações que levem à prisão de Kauê.