O presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, deputado Alberto Fraga (PL-DF), afirmou que deve se encontrar com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, nesta terça-feira (12).
Por esse motivo, Fraga decidiu não realizar a votação de requerimentos que convocam o ministro para prestar esclarecimentos na comissão.
A analista da CNN Julliana Lopes havia antecipado a informação, indicando que integrantes do governo haviam articulado com parlamentares para que a votação fosse adiada.
Durante a primeira sessão da comissão sob comando de Fraga, ele afirmou que recebeu um telefonema do Ministério da Justiça pedindo uma reunião com Lewandowski.
“Eu não acho razoável, em uma primeira reunião, a gente entrar com requerimentos de convocação de um ministro quando, na verdade, eu não sei qual é o posicionamento dele”, afirmou Fraga durante a sessão.
Fraga afirmou que, durante a conversa com Lewandowski, deve abordar a fuga de dois criminosos da penitenciária federal de segurança máxima em Mossoró (RN), além do decreto sobre as armas.
Segundo interlocutores do governo, o ministério deve pedir para que as convocações sejam transformadas em convites. Assim, o ministro teria a liberdade de escolher horário e data para o encontro.
O colegiado acumula, ao todo, quatro pedidos para que o ministro esclareça ações da pasta. Além das solicitações do grupo, Lewandowski ainda é alvo de outros seis pedidos semelhantes. São requerimentos para comparecimento ao plenário da Câmara e na Comissão de Segurança do Senado.
A previsão é que uma nova sessão para votação dos pedidos ocorra na próxima semana.
Durante a sessão da Comissão de Segurança Pública, Fraga afirmou que Lewandowski não teve culpa na fuga que aconteceu em Mossoró.
“Eu não acho que o ministro, com uma semana [comandando a pasta], possa ser culpado da fuga do presídio de Mossoró. Ele tem que vir aqui e dar explicações porque ele tem que apresentar culpados”, disse Fraga.
O presidente da comissão também disse que deve caminhar de forma pacífica e gostaria de manter o diálogo com o ministério. “A iniciativa nossa é de manter um diálogo, não temos que levar tudo a ferro e fogo”, complementou.
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