O Brasil não teve sucesso na 54ª edição do Emmy Internacional, cujos vencedores foram anunciados nesta segunda-feira (25). Apesar das indicações de produções nacionais e do ator Júlio Andrade, reconhecidos pela Academia de Artes e Ciências Televisivas, o país saiu da disputa sem conquistar nenhum dos cinco prêmios a que concorria.
A edição indicou o Brasil em Melhor Ator para Julio Andrade, Melhor Documentário para “Transo”, Melhor Minissérie para “Anderson Spider Silva“, Melhor Animação para Crianças para “Acorda, Carlo!”, da Netflix e Melhor Live-Action para Crianças para “Escola De Quebrada”.
Embora não tenha vencido este ano, o Brasil já acumula um histórico de reconhecimento no Emmy Internacional. Desde sua estreia na premiação, em 1976, produções brasileiras já conquistaram 22 troféus. Confira algumas dessas conquistas:
Melhor Novela
A teledramaturgia brasileira está em evidência no Emmy Internacional. O Brasil é o país com o maior número de vitórias na categoria de Melhor Novela, com 7 troféus e 14 indicações.
Venceram “Caminho das Índias” (2009), “O Astro” (2012), “Lado a Lado” (2013), “Joia Rara” (2014), “Império” (2015), “Verdades Secretas” (2016) e “Órfãos da Terra” (2020).
Melhor Série de Comédia
A categoria cômica é a segunda na qual o Brasil mais se destacou na premiação. Ao todo, o país já venceu quatro vezes o prêmio.
Ganharam “A Mulher Invisível” (2012), “Doce de Mãe” (2015), “Especial de Natal: Se Beber, Não Ceie” (2019) e “Ninguém Tá Olhando!” (2020).
Melhor Atriz
A única brasileira indicada ao Oscar de Melhor Atriz também é a única a conquistar o prêmio pelo Brasil no Emmy Internacional. Em 2013, Fernanda Montenegro venceu na categoria de Melhor Atriz por sua atuação em “Doce de Mãe”.
Programa de Artes Populares
Na categoria que foi extinta da premiação, dedicada a programas voltados para as artes, como musicais, óperas ao vivo e adaptações de peças, o Brasil venceu com “Arca de Noé” (1981) e “Morte e Vida Severina” (1982).
Série de curta duração
A categoria reconhece produções com formatos limitados, não se tratando de minisséries, mas de produções com episódios mais curtos, geralmente websódios. O Brasil conquistou o prêmio com “Hack The City” (2019).
Melhor Reality Show
Em 2023, o reality A Ponte: The Bridge Brasil garantiu ao Brasil seu primeiro prêmio na categoria. A produção do canal Max foi a quinta indicação brasileira ao prêmio, precedida por Big Brother Brasil (2006), Planeta Extremo (2012), Adotada (2016) e Canta Comigo (2020).
Melhor Noticiário
A reportagem Guerra contra as Drogas, sobre a cobertura da ocupação do Complexo do Alemão, do Jornal Nacional, garantiu uma vitória ao programa apresentado por William Bonner em 2011.
Programa documental ou de entretenimento
O documentário “Nosso Sangue, Nosso Corpo” venceu o prêmio em 2019.
Programa Infanto-juvenil
Na categoria, o Brasil venceu duas vezes: a primeira em 2013, com “Pedro e Bianca”, e a segunda em 2018, com “Malhação: Viva a Diferença”.
Além desses prêmios, a programação infantil da TV Cultura foi homenageada com o prêmio UNICEF, concedido pela premiação. Ela venceu o troféu de 1998 a 2000.
Roberto Marinho, da TV Globo, recebeu o prêmio de Melhor Diretor em 1976 e 1983. Já em 2014, a homenagem foi concedida a Roberto Irineu Marinho, do Grupo Globo.