O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), foi aprovado, nesta quinta-feira (14), com oito votos favoráveis.
De autoria da deputada Carla Morando (PSDB-SP), o documento recomenda uma intervenção imediata na empresa; a realização de uma autoria completa entre os anos de 2018 e 2023; e que seja encerrado o contrato da concessão com o estado.
Também é solicitado o indiciamento dos seguintes executivos: Max Xavier Lins, presidente da Enel São Paulo; Nocola Cotugno, ex-vice-presidente da Enel nacional e Vicente Ruotolo, diretor de operações.
“Estamos trazendo uma resposta efetiva que a população está esperando após todo o sofrimento causado no dia 3 de novembro. Era uma tragédia anunciada devido a tudo que estamos apurando desde maio, quando a CPI iniciou, principalmente na região do ABC”, disse Carla Morando.
Agora, o documento será encaminhado para o governo de São Paulo; a Defensoria Pública do Estado; o Ministério de Minas e Energia; e a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
Os parlamentares de oposição, Mônica Seixas do Movimento Pretas (PSOL), Luiz Cláudio Marcolino e Luiz Fernando Teixeira, ambos do PT, pediram ainda a responsabilização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), mas a questão foi rejeitada pela maioria do colegiado.
Morando explicou que os órgãos não foram incluídos no relatório porque não foram reunidos elementos suficientes para sustentar a medida.
A CNN entrou em contato com a Enel e aguarda um posicionamento sobre o caso.
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