O grupo Stellantis informou que o presidente-executivo Carlos Tavares se aposentará no início de 2026, quando seu contrato expirar.
Com a mudança, a fabricante da marca Jeep pretende fazer uma ampla reorganização como forma de conter a queda nos lucros e na participação de mercado.
A empresa comunicou nesta quinta-feira, 10, que vários de seus executivos de alto escalão, incluindo a diretora financeira Natalie Knight e o diretor de operações da América do Norte Carlos Zarlenga, deixarão os seus cargos.
Dona também das marcas Dodge, Chrysler e Fiat, a Stellantis disse que começou a procurar um sucessor para Tavares. Um comitê especial do conselho de administração da companhia escolherá o próximo diretor-presidente até o quarto trimestre de 2025.
Stellantis considera sucessão ‘normal’
Especulações surgiram sobre se Tavares permaneceria como diretor-presidente depois do término de seu contrato atual no início de 2026.
Em resposta a uma reportagem, cujo conteúdo dizia que a Stellantis procurava por um substituto, a empresa disse que era normal. Acrescentou que seu conselho considerava a sucessão, mas não confirmou nenhum plano de aposentadoria.
Valor da empresa caiu 40% este ano
Atual presidente da marca Jeep, Antonio Filosa assumirá a função adicional de diretor de operações da América do Norte. O diretor de operações da China, Doug Ostermann, sucederá Knight como diretor financeiro.
A profunda mudança de gestão na Stellantis segue um corte acentuado na projeção de lucro da empresa para o ano. Isso derrubou ainda mais suas ações. Os papéis da companhia caíram mais de 40% este ano.
Tavares está sob pressão de investidores e revendedores há meses. A tensão se deve à necessidade de reequilibrar os negócios da montadora nos Estados Unidos, onde há estoques elevados de veículos e vendas em declínio. No Brasil, a montadora sofre pressão de concorrentes para que o governo corte subsídios.