sexta-feira, novembro 22, 2024
InícioCiência e tecnologiaCom La Niña, inverno será um pouco diferente no Brasil

Com La Niña, inverno será um pouco diferente no Brasil

O inverno começou oficialmente nesta quinta-feira (20). A estação seguirá até o dia 22 de setembro e será um tanto quanto atípica. A previsão é de temperaturas acima da média e pouca chuva no território brasileiro.

Leia mais

O frio até aparece, mas o inverno não será nada rigoroso no Brasil (Imagem: Leszek Glasner/Shutterstock)

Menos dias frios

  • Meteorologistas explicam que dois fatores serão os principais responsáveis pelas temperaturas anormais e chuvas irregulares.
  • Em primeiro lugar, a persistência dos bloqueios atmosféricos fará com que um número menor de massas de ar frio consiga avançar para o interior do país.
  • Além de impedir a diminuição das temperaturas, a circulação desses sistemas poderá, inclusive, causar ondas de calor em pleno inverno.
  • Por outro lado, as águas aquecidas do Oceano Atlântico, resultado da atuação do El Niño, irão alterar os padrões esperados para o inverno, com menos frentes frias de grande intensidade chegando ao país.
  • Isso não significa que não teremos dias frios no Brasil.
  • No entanto, a duração deles deve ser menor do que o normal.
Previsão é de novas ondas de calor durante o inverno (Imagem: Krakenimages.com/Shutterstock)

Atuação do La Niña e consequências para o Brasil

As previsão mostram que as massas de ar seco no interior do país devem dificultar o avanço do ar polar, que tende a ficar mais restrito à região Sul. Mesmo com mais períodos quentes do que frios, há maior potencial para geada (e até neve) nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, além do sul do Mato Grosso do Sul e algumas áreas de São Paulo em relação ao ano passado. Isso deve acontecer principalmente entre a segunda quinzena de julho e o início de setembro.

Os meses de agosto e setembro, por sua vez, tendem a registrar temperatura muito acima da média. Sim, isso significa que enfrentaremos ondas de calor mesmo no inverno.

Já as chuvas ficarão abaixo da média, especialmente na região Amazônica. A tendência é de baixa acelerada do nível dos rios até a primeira quinzena de outubro, com as marcas podendo ser tão baixas quanto observado na seca de 2023.

Enquanto isso, o litoral do Nordeste deve enfrentar altos volumes de chuva no mês de julho. Isso acontece em função das águas aquecidas do Oceano Atlântico.

Apesar da possibilidade de fortes chuvas, a previsão é de precipitação abaixo da média durante o inverno. Este cenário pode amplificar os impactos das queimadas, especialmente no Pantanal, com perspectiva de um maior número de focos de incêndio na comparação com 2023.

O inverno ainda deve registrar o surgimento do La Niña entre a segunda quinzena de julho e o início de agosto. O fenômeno tem o efeito inverso do El Niño e é caracterizado pelo diminuição igual ou maior a 0,5°C nas temperaturas águas do oceano.

No Brasil, o La Niña deve causar aumento de chuvas no Norte e no Nordeste, tempo seco no Centro-Sul, com chuvas mais irregulares, tendência de tempo mais seco no Sul e condição mais favorável para a entrada de massas de ar frio no Brasil, gerando maior variação térmica.

Via Olhar Digital

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui