segunda-feira, novembro 25, 2024
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Colisões gigantes moldaram planetas do Sistema Solar; entenda

A formação de um planeta não é trabalho simples. Apesar de astrônomos não saberem exatamente como os corpos celestes do nosso Sistema Solar surgiram, hipóteses consolidadas dizem que isso aconteceu a partir de colisões entre planetas menores.

Uma nova revisão propõe que o papel desses choques gigantescos não parou por aí e é maior do que pensávamos, inclusive acontecendo até hoje em menor escala.



Como os planetas se formam?

O processo de formação exato ainda não foi desvendado, mas o Space.com explicou a hipótese mais aceita:

  • No começo de tudo, os sistemas estelares são apenas nuvens de gás e poeira girando ao redor de uma estrela recém-nascida;
  • Parte do gás se junta e forma o que seria uma “semente” de planeta. Passados milhões de anos, trilhões dessas sementes se fundem, aumentam de tamanho e passam a atrair cada vez mais corpos em sua direção;
  • Durante milhões de anos, outros corpos, chamado de planetesimais, passam a orbitar essa estrela maior até que começam a colidir e fundir-se a ele, formando protoplanetas;
  • O que acontece a seguir é um mistério, mas o artigo de revisão tem uma proposta – e essas colisões gigantes são o centro dela.
Imagem: Sergey Nivens/Shutterstock

Colisões são mais importantes do que pensávamos

De acordo com o estudo, os planetas sofrem colisões o tempo todo, inclusive até hoje (apesar de a maioria ser relativamente pequena, formando apenas crateras na superfície).

Já os impactos gigantes de antigamente, embora raros, eram muito mais energéticos e envolviam a colisão de dois protoplanetas. Quando os dois tinham massa semelhante, o impacto poderia mudar completamente sua estrutura ou trajetória – ou até a habitabilidade nele.

Como exemplo, o artigo cita que astrônomos acreditam que a Lua da Terra for formada quando um objeto celeste do tamanho de Marte atingiu o que era a proto-Terra. O impacto destruiu o “invasor” e vaporizou uma fração do nosso planeta, que foi parar na órbita. Eventualmente, ela se reuniu e deu origem à Lua que conhecemos hoje.

Porém, nem todos os impactos são formativos. Outro exemplo é que Mercúrio começou com aproximadamente o dobro de seu tamanho atual e diminuiu quando um corpo celeste colidiu com ele e destruiu seu manto. No entanto, os dois protoplanetas que sobraram posteriormente se fundiram entre si, dando a Mercúrio um núcleo maior do que o de um planeta normal.

A mesma coisa aconteceu com Urano: uma colisão o tirou do eixo e o deixou “de lado”, cirando luas ao redor e minando as chances de vida por lá.

Imagem: Elena11/Shutterstock

O que isso significa para os planetas

A revisão mostra que diferentes tipos de impacto – destrutivos, construtivos ou de “fuga” (no qual um corpo atinge outro “de raspão” e arranca algum material, mas sobrevive) – moldaram o Sistema Solar e os planetas como conhecemos hoje.

Essas colisões tiveram papel importante na criação dos corpos celestes (e na destruição de outros), inclusive criando as condições para a sobrevivência na Terra.

Via Olhar Digital

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