segunda-feira, novembro 25, 2024
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“Coelho” da China é o rover mais antigo em operação na Lua

Durante o Festival do Meio Outono, uma tradicional celebração da China marcada pela observação da lua cheia, foram reveladas novas imagens do lado oculto da Lua feitas pelo rover Yutu-2. Lançado em dezembro de 2018 como parte da missão Chang’e-4, o equipamento pousou na superfície lunar em janeiro de 2019 e, desde então, percorreu 1.613 metros, tornando-se o rover lunar mais antigo em operação.

Conhecido como “Coelho de Jade”, o nome Yutu-2 é uma referência ao coelho branco da mitologia chinesa que acompanha a deusa da Lua Chang’e, de quem a missão também deriva seu nome. 

A expectativa inicial era que o rover operasse por apenas três meses, mas ele já está ativo há quase cinco anos e nove meses. Recentemente, completou seu 71º dia lunar de atividades (o equivalente a 1.917 dias terrestres) e enviou novas imagens para a Terra, conforme noticiado pela China Central Television (CCTV).

China divulga novas fotos feitas pelo rover Yutu 2 na Lua

Durante sua longa missão, o Yutu-2 tem desempenhado um papel importante na coleta de dados geológicos sobre o lado oculto da Lua. O rover reuniu informações valiosas sobre a morfologia da superfície lunar, a estrutura da camada superficial e a composição dos materiais ao redor da área de pouso da missão Chang’e-4. 

Nova imagem da superfície da Lua feita pelo rover chinês Yutu-2 mostra as marcas das rodas do explorador robótico em solo lunar. Crédito: CSNA via CCTV

Essas descobertas têm sido fundamentais para avançar no conhecimento sobre a evolução geológica da Lua, incluindo as fases iniciais de formação da crosta lunar.

As novas fotos mostram a Cratera Von Karman, localizada na Bacia do Polo Sul-Aitken, no lado oculto da Lua, com crateras e colinas ao fundo. Em uma delas, é possível ver as marcas deixadas pelas rodas do Yutu 2 sobre o regolito lunar.

Além do Yutu-2, os módulos de pouso Chang’e-3 e Chang’e-4 continuam ativos na Lua, ampliando a presença chinesa no satélite natural da Terra. Os orbitadores de retransmissão Queqiao e Queqiao-2 também permanecem operacionais. O Queqiao tem sido essencial para manter a comunicação entre a missão Chang’e-4 e o rover Yutu-2, enquanto o Queqiao-2, após concluir a missão Chang’e-6, está agora envolvido em exploração científica, aguardando o início da missão Chang’e-7.

Nova imagem da superfície da Lua feita pelo rover chinês Yutu-2 mostra as marcas das rodas do explorador robótico em solo lunar. Crédito: CSNA via CCTV

Wu Weiren, chefe do programa de exploração lunar da China, revelou que a missão Chang’e-7, prevista para 2026, está em fase de desenvolvimento e segue dentro do cronograma. Seu principal objetivo será buscar evidências de gelo de água no polo sul lunar. 

Caso obtenha sucesso, a Chang’e-7 será a primeira missão chinesa a pousar nessa região (onde apenas a Índia já alcançou) e poderá abrir caminho para a futura exploração humana do espaço profundo, além de preparar o terreno para uma presença humana permanente na Lua.

Com infomações do Mashable India

Via Olhar Digital

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