Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e corregedor nacional do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luis Felipe Salomão, entregou o parecer a respeito da correição extraordinária nos gabinetes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e na 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável por julgar os processos da antiga Operação Lava Jato.
Acredita-se que o parecer deve ser adicionado à pauta do mês de abril, mas, até o momento, não há uma data específica nem o cronograma das próximas sessões.
A correição extraordinária é um processo interno do CNJ e funciona como um “pente fino” para apurar possíveis irregularidades.
A investigação nos órgãos começou em maio de 2023, após mais de 30 reclamações a respeito dos juízes e desembargadores que atuavam nos processos da Operação Lava Jato. A equipe de trabalho contou com servidores e juízes que trabalharam no fato por cerca de dez meses.
Em setembro do ano passado, um relatório parcial divulgado apontou “gestão caótica” dos valores dos acordos de leniência e delação premiada no âmbito da Lava Jato, além de “possível conluio” entre os diversos operadores do sistema judicial para o pagamento de acordos no exterior com a Fundação Lava Jato.
Ao longo dos meses, o “pente fino” teve a participação dos depoimentos dos juízes federais Eduardo Appio e Gabriela Hardt, e dos desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, Marcelo Malucelli e Loraci Flores de Lima, que integravam a 8ª Turma do TRF-4.
Em Curitiba, também foram ouvidos os servidores que chefiaram o gabinete do ex-procurador da República Deltan Dallagnol.
A CNN tenta contato com o TRF-4 e a Justiça Federal do Paraná sobre a correição extraordinária.
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