Depois da morte do empresário Fábio Mocci Rodrigues Jardim, de 42 anos, durante um exame de ressonância magnética na clínica Mult Imagem, na terça-feira 22, em Santos (SP), um caso semelhante dentro do centro de diagnóstico veio à tona. A unidade de saúde enfrenta um processo judicial depois do falecimento de um paciente em 2021.
De acordo com a Folha de S.Paulo, Patrick do Nascimento Silva, de 44 anos, faleceu no dia 14 de maio daquele ano. Ele buscou atendimento na clínica para realizar uma ressonância na coluna. Depois do exame, os profissionais da clínica informaram à mulher de Patrick, Maria Aparecida de Araújo Nascimento Silva, que ele havia sofrido uma parada cardiorrespiratória.
Maria Aparecida revelou que ele tinha claustrofobia e necessitou de sedação para o exame. Patrick já havia se submetido ao procedimento na Mult Imagem anteriormente, o que ocorreu sem qualquer intercorrência.
Ela mencionou que, devido à obesidade e diabetes do marido, a clínica teria de medir sua glicose antes da anestesia, mas a mulher não tem certeza se isso realmente aconteceu.
Morte de Patrick depois da ressonância
Depois do exame de Patrick, Maria Aparecida foi chamada para acompanhar o marido enquanto ele despertava da sedação, mas percebeu que ele não estava bem.
“Eu fiquei uns dez minutos tentando falar com meu marido, apertando o braço dele para ver se ele tinha alguma reação, mas ele estava com os dedos roxos e aquela respiração dificultosa”, relatou.
Os médicos tentaram reanimá-lo, mas depois de 50 minutos, Aparecida soube que seu marido já estava sem vida. Ela registrou um boletim de ocorrência e entrou com um processo contra a clínica em 2023, mas ainda aguarda o julgamento. A mulher afirmou que a empresa não lhe ofereceu nenhum apoio depois do incidente.
O caso de Fábio Jardim
A morte mais recente na clínica também ocorreu depois de uma ressonância, mas no crânio. O laudo do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim classificou o óbito de Fábio Jardim foi como “suspeito”.
Em contato telefônico, uma funcionária da clínica relatou à Folha que Fábio Jardim sofreu um mal súbito. A profissional não tinha, no entanto, informações sobre a morte de Patrick Silva. O setor jurídico da empresa disse não ter permissão legal para comentar sobre qualquer paciente.