O senador Ciro Nogueira (PP-PI) criticou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) determinado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O parlamentar se posicionou, mesmo com o anúncio de recuo por parte do Planalto.
Em publicação na rede social X, Ciro Nogueira classificou a medida como “obscena”.
“Recebi a análise de uma consultoria independente que mostra o efeito obsceno da irresponsabilidade fiscal do governo, contra o país”, escreveu o senador.
Para ele, o aumento do imposto prejudica diretamente a economia. “Cada real gasto a mais com imposto significa empregos a menos, lojas a menos, vendas a menos, salários a menos”, disse. “É uma pancada na economia real.”
Segundo ele, a alta do imposto atinge diretamente a população. “É mais um aumento de impostos que age contra o povo.”
Ciro Nogueira expôs um exemplo do impacto da medida. “Uma empresa que tome R$ 100 milhões emprestados por cinco meses, com prestações constantes e juros de 20% ao ano, pagava 0,38% de IOF na contratação. Agora, pagará 0,95%.”
Ciro Nogueira critica Ministério da Fazenda
Nogueira também criticou o ministro da Fazenda. “Fernando Haddad trincou o mais precioso ativo de uma autoridade econômica: a credibilidade”, afirmou. “Ao acrescentar mais esse episódio assustador a tantos outros, mostra que, entre o projeto político de seu presidente e os fundamentos da economia, não hesitará em optar pelo primeiro.”
Prejuízos para as empresas
O senador afirmou que o aumento do IOF imposto pelo governo federal representa um duro golpe nas empresas e na geração de empregos. Segundo ele, a nova alíquota amplia em 122% a arrecadação sobre empréstimos.
“Em dinheiro, a tungada passa de R$ 870 mil para R$ 1,934 milhão”, informou o parlamentar, ao comentar um caso hipotético de empréstimo de R$ 100 milhões por cinco meses. “É mais de R$ 1 milhão a mais apenas em imposto.”
De acordo com o senador, esse tipo de operação tem finalidade produtiva. “A empresa pega o dinheiro para investir, criar empregos e melhorar a vida do país e dos trabalhadores”, afirmou. “Tudo isso deixa de acontecer por causa da irresponsabilidade fiscal do governo.”