quinta-feira, novembro 21, 2024
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Ciro Gomes diz que ‘janjismo’ atrapalha eleições e elogia Caiado

O ex-ministro da Integração Nacional do governo Lula entre 2003 e 2006, Ciro Gomes, analisou o cenário político brasileiro e fez projeções para as eleições de 2024 e 2026. Para o político, as ações da primeira-dama, Janja da Silva, vão atrapalhar o desempenho da esquerda. 

“Pelo movimento da economia, a população já vai votar contra o governo”, disse Ciro Gomes, em entrevista ao canal My News. “Mas, pela guerra cultural e o ‘janjismo’, o governo vai perder a eleição. Não vai perder só em 2026. Vamos acompanhar as eleições municipais nas capitais brasileiras, que são uma pista nos grandes centros.” 

Ciro Gomes acredita que Lula monopoliza a liderança da esquerda, faz e fala bobagens. Dessa forma, na opinião do ex-governador do Ceará, o atual presidente abre margem para a volta da direita ao poder. 

“Hoje, vejo o Lula ressuscitando a pior da direita brasileira”, observou Ciro Gomes. “O Bolsonaro é tão imbecil e despreparado que não conseguiu fazer o básico na pandemia. Por isso, graças ao falso líder que a direita verdadeira escolheu, o Lula pôde voltar ao poder. Agora, se o Bolsonaro ficar fora das eleições, a direita não vai cometer esse erro.” 

À esquerda do leitor, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas; à direita, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado
À esq., Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo. À dir., Ronaldo Caiado, governador de Goiás | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil e Divulgação/ GEGO

Com Bolsonaro inelegível, Ciro Gomes analisou os nomes da direita brasileira que devem disputar as próximas eleições presidenciais. Para o político, Romeu Zema “é o fim da picada”. Já Tarcísio de Freitas “não sabe o que é o Brasil de verdade”, enquanto Ronaldo Caiado “tem dotes”.

“Zema? Conte-me outra”, disse Ciro Gomes. “Ele é o fim da picada e é o governador de Minas Gerais. Todo mundo acha que o nome é o governador de São Paulo desde sempre. Mas o Brasil desconfia da concentração de poder econômica e política na mão de um cara. Por regra, o político de São Paulo não conhece o Brasil”. 

Já o líder do Executivo de Goiás, Ronaldo Caiado, é um bom nome para Ciro Gomes. “É um belo de um cara, conheço mais de perto: um médico, tem espírito público, é um bom administrador”, afirmou. “Esse reacionarismo dele não impediu de ficar contra as posições malucas e negacionistas do Bolsonaro na pandemia. Ele foi pela vacina, foi pelo isolamento social, só que está em uma Província.”

Ao analisar a esquerda, Ciro Gomes não vê nenhuma nova liderança surgir e coloca a culpa em Lula. “Pela esquerda, dá vontade de chorar”, disse. “O Lula não deixa nascer nada perto dele.”

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Via Revista Oeste

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