sexta-feira, novembro 22, 2024
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Cientistas usam IA para reproduzir aromas que podem desaparecer

Pesquisadores da Universidade de Ciências e Tecnologia da Noruega treinaram uma inteligência artificial para reproduzir fragrâncias através de sequências de moléculas. A criação pode baratear a produção de perfumes e assegurar que aromas não sejam perdidos com o tempo.

O computador usa pequenas amostras de aromas reais para recriar esses cheiros com moléculas já conhecidas, permitindo que sejam reproduzidas de maneiras mais simples.

Como os aromas foram processados?

Para chegar a esses resultados, os pesquisadores usaram redes neurais artificiais, que são computadores inspirados pelo sistema nervoso central de um animal, capazes de aprender rotinas e reconhecer padrões.

A rede neural foi alimentada com uma base de dados de fragrâncias já conhecidas no mundo. Elas foram classificadas com termos que já usamos para identificar perfumes, como “cítrico”, “floral”, “amadeirado”, entre outros.

Com isso, a inteligência artificial foi capaz de criar sequências de moléculas que imitam o odor inicial. Os cientistas selecionaram as fragrâncias criadas pelo computador que mais se assemelhavam ao cheiro original, já que, após serem colocadas no ambiente, podem ser alteradas por temperatura e outras características do clima.

A previsão é que quanto mais esse banco for alimentado, mais precisa serão as criações de sequências de moléculas que imitam cheiros já existentes na natureza.

Utilização

Os cheiros criados pela rede neural podem auxiliar na produção de perfumes, criando fragrâncias com moléculas mais baratas do que as usadas atualmente. Ainda, o processo de criação desses produtos pode ser feito de forma mais rápida.

Além disso, cheiros característicos da nossa geração, como o aroma de uma floresta que está sendo alterada por mudanças climáticas ou de um incenso usado para um ritual cultural específico, que podem sumir com o tempo, podem ser recriados e armazenados para o futuro.

A pesquisa completa, publicada no formato pré-print (ainda sem revisão por pares) pode ser lida aqui.

Via CNN

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