sábado, novembro 16, 2024
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Cientistas revelam quando camada de ozônio estará curada

Cientistas da NASA e da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês) deram boas notícias sobre a recuperação da camada de ozônio: o buraco que se abre anualmente sobre o polo sul da Terra é relativamente pequeno este ano em comparação com outros anos.

Com essa observação, a equipe projetou quando a camada de ozônio pode, finalmente, se recuperar por completo.

Anualmente, um buraco se abre na camada de ozônio acima do Polo Sul (Imagem: NASA)

Buraco na camada de ozônio é pequeno em 2024

Um buraco se abre anualmente acima do polo sul da Terra. Em 2024, durante o período que costuma marcar o pico de destruição da camada de ozônio (entre 7 de setembro e 13 de outubro), a área do buraco foi considerada a sétima menor desde que os esforços para recuperação começaram, em 1992.

De acordo com o Phys.org, a melhora é uma combinação do declínio no uso de produtos químicos nocivos, como os CFCs, e infusão inesperada de ozônio vindo das correntes de ar do norte da Antártida.

A análise da área do buraco e da progressão na recuperação da camada de ozônio é em relação a 1979, quando o rastreamento dos níveis de ozônio começou. Considerando isso, o buraco deste ano é o 20º menor em área ao longo dos últimos 45 anos.

Céu azul cheio de nuvens
Protocolo de Montreal firmou acordos para eliminar gradualmente os CFCs (Crédito: CC0/Domínio Público)

Relembre a luta em prol da recuperação

Segundo Paul Newman, líder da equipe de pesquisa de ozônio da NASA, o buraco antártico de 2024 é o menor desde o início dos anos 2000. A melhora ao longo das últimas duas décadas mostra que os esforços internacionais estão funcionando.

A camada de ozônio começou a chamar a atenção dos cientistas na década de 1970, com a perspectiva de que os CFCs poderiam corroer o ozônio da atmosfera. Já na década seguinte, uma ampla faixa da estratosfera já estava desprovida de ozônio.

Foi nesse contexto que, ainda na década de 1980, os países começaram a se mobilizar para eliminar gradualmente os CFCs e recuperar o que foi perdido. O acordo, chamado de Protocolo de Montreal, foi assinado em 1987 e entrou em vigor apenas em 1992.

Os CFCs demoram décadas para se decompor. Para Stephen Montzka, cientista sênior do Laboratório de Monitoramento Global da NOAA, “a camada de ozônio está longe de ser totalmente curada”.

Camada de ozônio pode ter data para se curar completamente

  • As equipes de NASA e NOAA contam com combinação de equipamentos e sistemas para monitorar a situação da atmosfera, incluindo satélites operados conjuntamente;
  • Com a diminuição do buraco deste ano, os cientistas fizeram projeção de quando a camada de ozônio pode se curar por completo;
  • A data estimada é 2066.

Via Olhar Digital

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