sábado, novembro 23, 2024
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Cientistas desvendam explosão de cometas “bombas de gelo”

Pesquisadores descobriram que pode haver gelo antigo no interior do objeto Arrokoth, do Cinturão de Kuiper. O estudo pode ajudar a compreensão das intensas explosões de cometas “bombas de gelo” à medida que passam pelo interior do Sistema Solar, contrariando modelos anteriores.

Entenda:

  • Cientistas descobriram que pode haver gelo antigo no interior de Arrokoth, composto por monóxido de carbono (CO) e água gelada;
  • A equipe explica que, por se tratarem de fragmentos de materiais que existiram durante a formação dos planetas, os corpos do Cinturão de Kuiper podem alojar gelo original capaz de vaporizar rapidamente;
  • Conforme se aproxima do Sol, a superfície do objeto aquece e ele perde gelo e gás por sublimação. Com o tempo, o gelo de CO também começa a sublimar e se move para cima;
  • Esse processo cria uma atmosfera dentro do objeto para evitar a saída de mais gás – e é justamente essa atmosfera que faz com que, ao aproximar-se novamente do Sol, o objeto perca mais matéria superficial e o gás acumulado escape, causando uma erupção violenta;
  • A descoberta foi publicada na revista Icarus.
(Imagem: Stefan Bemmerl)

Como explica a equipe em um artigo publicado na revista Icarus, a rocha espacial é formada por uma mistura de monóxido de carbono (CO) e água gelada. Por se tratarem de fragmentos de materiais que existiram durante a formação dos planetas, os corpos do Cinturão ainda podem alojar gelo original – que pode vaporizar rapidamente.

O que acontece na explosão das “bombas de gelo”?

Os cientistas sugerem que Arrokoth é composto por uma mistura de monóxido de carbono (CO) e água gelada. Conforme se aproxima do Sol, a superfície do asteroide aquece, fazendo com que ele perca gelo e gás por sublimação. Com o tempo, o gelo de CO também começa a sublimar e se move para cima.

Como explica a equipe, esse processo criaria uma atmosfera que evita que mais gás saia de Arrokoth. Ao se aproximar novamente do Sol, um cometa com tal atmosfera perderia mais matéria superficial, causando um escape rápido do gás acumulado e, assim, entrando em uma erupção violenta.

“O principal é que corrigimos um erro profundo no modelo físico que as pessoas vinham assumindo há décadas para esses objetos muito frios e antigos”, diz Orkan Umurhan, co-líder da equipe e cientista sênior de pesquisa do Instituto SETI, em um comunicado. “Este estudo pode ser o motor inicial para reavaliar a evolução do interior do cometa e a teoria da atividade.”

Via Olhar Digital

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