terça-feira, julho 2, 2024
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Cientistas criam novo combustível solar de silício

Cientistas da Universidade de Yale, em Connecticut, EUA, desenvolveram uma nova metodologia sustentável que utiliza fotoeletrodos de silício para converter dióxido de carbono (CO2) em combustível solar líquido. O método combina novos catalisadores moleculares para solucionar problemas de estabilidade apresentados em metodologias anteriores. Dois estudos foram publicados no Journal of the American Chemical Society.

Entenda:

  • Cientistas criaram um novo combustível solar sustentável à base de silício;
  • Combinando novos materiais semicondutores que transformam CO2 em combustível líquido, a criação promete ser mais potente, simplificada e escalável do que metodologias prévias;
  • Dois estudos foram publicados no Journal of the American Chemical Society – um com micropilares de silício revestidos de carbono fluorado super-hidrofóbico, e outro com pastilhas finas de silício poroso combinadas a um catalisador molecular de rênio;
  • As equipes acreditam que a nova metodologia seja promissora no desenvolvimento de combustíveis alternativos capazes de remover o dióxido de carbono da atmosfera.
(Imagem: NickSpinder/Shutterstock)

Estudos prévios mostraram que os materiais semicondutores são capazes de converter dióxido de carbono (CO2) em combustíveis líquidos, mas comumente apresentam problemas de instabilidade e são inviáveis para produção em larga escala. A nova metodologia de Yale, porém, promete ser mais potente, simplificada e escalável.

Combustível de silício converte luz solar em energia elétrica

No primeiro estudo, publicado em janeiro deste ano, a equipe construiu um eletrodo formado por um conjunto de micropilares de silício revestidos com carbono fluorado super-hidrofóbico, convertendo CO2 em metanol. “Vimos um aumento notável de até 17 vezes mais atividade catalítica do que o recorde anterior para fotoeletrodos de silício”, explica Bo Shang, coautor do estudo, no artigo publicado.

(Imagem: Ed Connor / Shutterstock)

A segunda pesquisa, publicada em março, envolveu pastilhas finas de silício poroso combinadas a um catalisador molecular de rênio. Em contato com a luz solar, a substância produziu uma reação química que transformou o CO2 em CO de forma consistente e reprodutível, como diz Xiaofan Jia, coautor do segundo artigo, na publicação. “Isso permite que o dispositivo utilize diretamente a energia da luz solar para produzir combustíveis.”

A nova metodologia descrita nos estudos é promissora para o desenvolvimento de combustíveis alternativos revolucionários capazes de remover o dióxido de carbono da atmosfera. “Estamos encontrando novas maneiras de melhorar ou aumentar a reatividade”, explica Eleanor Stewart-Jones, coautora da segunda pesquisa.

Via Olhar Digital

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