A cidade de Baltimore, no Estado norte-americano de Maryland, está com programa de venda de casas pelo preço simbólico de US$ 1 — cerca de R$ 5,17 na cotação atual. O objetivo do projeto é dar um destino às centenas de propriedades que estão sob posse do governo.
A iniciativa chamada de “BuyIntoBmore” visa a reduzir os gastos públicos com manutenção desses imóveis. Além disso, busca oferecer oportunidades acessíveis a quem deseja residir na região. A proposta foi aprovada pela Comissão de Orçamento da Câmara Municipal. O único a votar contra foi o presidente da Câmara, Nick Mosby.
Saiba como adquirir a casa de US$ 1 nos EUA
Para adquirir a casa de US$ 1, os futuros proprietários devem se comprometer a utilizar o imóvel como residência principal ou em benefício da comunidade local, seja como moradia popular, espaço comercial ou edifício cívico.
Organizações sem fins lucrativos também podem participar do programa, com diferentes valores de aquisição conforme o número de funcionários. É necessário comprovar capacidade financeira para reformas antes da mudança.
As inscrições para o programa foram abertas no início de abril para residentes de Baltimore. Houve também uma segunda fase destinada a todos os interessados em se tornarem moradores ou investidores na região.
“As propriedades serão entregues assim que o candidato passar pelo processo de checagem, com sucesso”, explica o Departamento de Moradia e Desenvolvimento Comunitário da cidade. “Se há múltiplas candidaturas pelo mesmo imóvel e todos os candidatos passarem com sucesso pelo processo, as candidaturas serão reanalisadas em ordem de envio.”
O processo de seleção envolve uma taxa de inscrição de US$ 100 e a comprovação de recursos para reformas. As propriedades serão concedidas após uma verificação bem-sucedida dos candidatos, com prioridade para quem se inscreveu primeiro.
Projeto similar na Itália
Esse programa de moradias por US$ 1 não é uma novidade em Baltimore, visto que a cidade já havia adotado uma iniciativa semelhante nos anos 1970. No entanto, a ideia vista nos EUA se tornou mais conhecida na Itália, onde tem como objetivo revitalizar áreas urbanas pouco habitadas e preservar casas de valor histórico.