O avanço da tecnologia permitiu que pesquisadores localizassem uma enorme cidade maia na Península de Yucatán, no México. Usando um sistema de lasers, foi possível identificar 6.674 estruturas, incluindo pirâmides como as de Chichén Itzá.
A cidade recebeu o nome de Valeriana em referência a uma lagoa de água doce próxima. Segundo a equipe responsável pelo trabalho, ela data do período clássico (de 250 a 900 d.C.) e mostra “todas as características de uma capital política maia clássica”.
Muitas outras cidades ainda podem estar enterradas
- O sistema de laser revelou a existência de várias praças conectadas por uma ampla calçada, pirâmides e templos.
- Mais distante do centro da cidade também foram encontrados terraços e casas, sugerindo uma densa expansão urbana.
- As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Antiquity.
- Este é o primeiro trabalho a revelar estruturas maias nesta região e indica que existem muitos assentamentos do período ainda perdidos.
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Sensor LiDAR ajudou os pesquisadores
Durante os trabalhos, os pesquisadores usaram um sensor LiDAR (detecção e alcance de luz). A técnica funciona a partir do direcionamento dos feixes para a paisagem desejada. A tecnologia, então, consegue criar uma imagem da superfície do terreno, inclusive com eventuais estruturas enterradas ali.
Apesar da capacidade, este sistema é considerado caro e não é acessível a todos os pesquisadores. Por isso, a equipe utilizou análises anteriores feitas no local para monitorar o carbono nas florestas do México.
Ao analisar 129 quilômetros quadrados no centro-leste de Campeche, no atual território mexicano, os cientistas encontraram impressões ocultas que poderiam indicar a existência de construções enterradas. A partir daí, foi possível concluir que tratava-se de uma cidade maia perdida.