A nova crise aberta com as fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro reacendeu, nos bastidores do governo federal, uma ideia defendida pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva: decretar emergência climática permanente em mais de 1.000 municípios recorrentemente atingidos por questões climáticas, como é o caso das chuvas no Rio.
Marina Silva vem defendendo a ideia desde o ano passado. Já existe uma minuta de decreto pronta, mas o texto ainda está em discussão na pasta e precisa ser debatido também por outras áreas do governo.
A ideia é retomar as conversas sobre o assunto na próxima semana, após Marina Silva retornar de Davos, disse à CNN o secretário executivo do ministério, João Paulo Capobianco.
O decreto proposto por Marina teria o objetivo principal de estruturar uma ação preventiva organizada, que contemple as esferas federal, estadual e municipal.
Porém, não seria, de acordo com o secretário executivo, um mecanismo de liberação automática de recursos emergenciais. Mas seria possível otimizar processos e agilizar a resposta de agentes públicos.
A iniciativa tem respaldo de outros setores do governo. Mas é vista também com reserva por alguns segmentos da administração federal.
Na ala política do governo, uma fonte ouvida pela CNN diz haver um movimento da parte de Marina para ganhar protagonismo em crises climáticas, principalmente diante do espaço conquistado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin em crises do gênero.
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