Meteorologistas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) preveem que as chuvas em Porto Alegre nos próximos cinco dias irão exceder a média histórica para o mês de maio. A estimativa é que a quantidade de água na região chegue a 125 milímetros. Assim, ultrapassará a média de 113 milímetros registrados de 1991 a 2020.
O temporal nos primeiros 12 dias de maio em 2024 pode chegar a quase três vezes a média mensal. De acordo com os dados climatológicos dos últimos 30 anos, a marca para o período possivelmente será de 333,1 milímetros. Na cidade de Porto Alegre, a estação do Jardim Botânico já registrou 208,1 milímetros de chuva de 1º a 7 de maio.
Os temporais têm causado bloqueios nas principais vias de acesso e saída da capital gaúcha. O Aeroporto Salgado Filho e a Rodoviária de Porto Alegre, por exemplo, estão fechados por tempo indeterminado.
A falta de água e luz em algumas áreas da cidade levou parte dos moradores a se deslocarem para o litoral e o interior do Rio Grande do Sul. Nesta terça-feira, 7, cerca de 85% da capital do Estado estava sem acesso à água em suas residências. Para os próximos dias, meteorologistas alertam para a continuidade dos temporais e a chegada de uma nova frente fria.
Rajadas de vento de até 100km/h são esperadas, com previsão de chuvas intensas em todo o Estado. Um ciclone extratropical entre o Uruguai e a Argentina contribui para as condições climáticas adversas.
Governador alerta população sobre previsão de chuvas fortes em Porto Alegre e em outros pontos no Estado
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), destacou a possibilidade de inundações em regiões já afetadas pelas chuvas, como a Serra e o Vale do Taquari. Ele recomendou que as pessoas evitem retornar às áreas atingidas.
A previsão é de que o nível do Lago Guaíba, em Porto Alegre, só retorne à cota de inundação em aproximadamente 30 dias. Os últimos temporais no Estado já deixaram um saldo trágico, com mais de 200 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas. Até o momento, cerca de 401 municípios enfrentam problemas decorrentes das chuvas.
A situação é especialmente crítica nas regiões Norte, Serra, Centro e Metropolitana. Esses lugares enfrentam alertas de tempestades devido à movimentação das águas para o sul gaúcho, através da Lagoa dos Patos.